Em tempos de pandemia, a credibilidade de uma informação sobre saúde é o melhor remédio. Ela realmente é um poderoso medicamento porque ajuda a controlar a disseminação da doença e suas graves consequências.
As causas do conhecimento inadequado sobre a Covid-19, estudadas por uma equipe da Universidade McGill, uma das principais universidades do Canadá, estão relacionadas a pessoas que recebem informações apenas pelas mídias sociais.
Por outro lado, leitores da mídia tradicional são mais propensos a seguir as recomendações da saúde pública.
Aengus Bridgman e colaboradores analisam, na revista Misinformation Review, os efeitos da desinformação e consequentes percepções errôneas das notícias.
Os pesquisadores concluem que plataformas como Twitter e Facebook estão se transformando nas principais fontes dessas notícias e desinformação em todo o mundo, Canadá inclusive.
Em relação à pandemia de Covid-19, mostram a contribuição das mídias sociais para as percepções errôneas da população. O oposto ocorre na mídia tradicional porque ela reforça as recomendações da saúde pública, entre elas o distanciamento social, que visa impedir a disseminação do novo coronavírus. Abraços devem ser evitados, nas filas é necessária distância entre as pessoas e, principalmente, evitar as aglomerações.
A pandemia de Covid-19 vem lamentavelmente acompanhada pela denominada “infodêmica”, a disseminação global de desinformação, um grave problema para a saúde pública.
Infodêmicas são notícias falsas ou enganosas disseminadas pelos meios de comunicação em suas mais diferentes formas e podem alcançar a capacidade de alterar padrões de transmissão e a letalidade de uma pandemia.
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