Lamentavelmente, a explosão dos preços dos combustíveis —a gasolina já custa, em média, R$ 6,71 o litro, e quase R$ 8 em Bagé (RS)— está destruindo a confiabilidade dos aplicativos de transporte.
Principalmente nas maiores cidades do país, o número de cancelamentos de viagens já confirmadas se multiplicou. Restam ao consumidor três opções: usar o transporte coletivo, pagar mais caro por um táxi, ou solicitar veículos com muito mais antecedência.
Há situações ainda piores, em que o motorista desiste da corrida quando o cliente já entrou no carro, obrigando-o a cancelá-la para solicitar outro veículo, e a pagar uma taxa.
O que fazer em casos assim? Certamente, seria muito arriscado discutir com o motorista. Deve ser feita reclamação ao Procon mais próximo e à empresa do aplicativo. Dentre os apps que oferecem estes serviços, estão Uber e 99, que foram notificados pelo Procon-RJ a esclarecer por que aumentaram tanto as queixas relativas aos seus serviços.
Outra saída para o consumidor é se informar com familiares, amigos, colegas, em redes sociais e sites sobre os serviços com mais reclamações. Quem trabalha em empresas com convênio de transporte também pode avisar seu empregador se enfrentar excessivos cancelamentos de viagens.
Alguns motoristas admitem a prática abusiva, e alegam que corridas curtas dão prejuízo. Como a economia vai continuar desgovernada, furando todos os sinais vermelhos da inflação, cabe aos Procons e à Justiça defender os passageiros desses abusos. Uma boa medida seria acabar com a taxa de cancelamento em caso de condutor com muitas reclamações.
Quem puder andar de bike, estará livre destes problemas, e fará bem à saúde e ao meio ambiente. Já estamos com algo cheio há muito tempo, e não é o tanque do carro nem a carteira.
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