Maria Inês Dolci

Advogada especializada na área da defesa do consumidor.

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Descrição de chapéu Folhajus mudança climática

Hábitos de consumo têm de ser mudados para frear o aquecimento

Consumidor deve exigir produtos e serviços menos prejudiciais ao meio ambiente

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Em algumas regiões de São Sebastião, litoral norte paulista, em fevereiro deste ano, as chuvas ultrapassaram os 600 milímetros, causando dezenas de mortes e destruição, famílias desalojadas e desabrigadas. "Muçum não existe mais", decretou o prefeito deste município gaúcho de quatro mil habitantes, que, em um período de 15 dias entre agosto e setembro, enfrentou um temporal de granizo, um furacão provocado por um ciclone e uma enchente. Consumidor (a), você ainda acha que não tem nada a ver com o aquecimento global e suas consequências?

O Brasil, em um passado não tão distante, era tido como um país abençoado, não sujeito a graves fenômenos climáticos. Foi. La Niña e El Niño têm se alternado, trazendo, respectivamente, resfriamento e aquecimento das águas, o que provoca tanto secas quanto enchentes.

Mas o que o consumidor deve fazer? Mudar seus hábitos de consumo, e exigir produtos e serviços menos prejudiciais ao meio ambiente. Além disso, como contribuintes e eleitores, têm de cobrar dos políticos medidas mais amplas e urgentes para combater essas transformações do clima.

O uso excessivo de veículos particulares, principalmente os movidos a gasolina, contribui para que a exploração de petróleo continue, embora seus efeitos sejam nocivos para o meio ambiente. Não há razão, também, para que os ônibus municipais e outros veículos de transporte público ainda tenham motores poluentes.

Mobilizem-se para que as ruas e avenidas não sejam recapeadas com asfalto. Cidades mais ricas, como São Paulo, deveriam liderar o processo de pavimentação com asfalto borracha (feito a partir da reciclagem de pneus) ou com piso intertravado, como o utilizado pela Prefeitura de Fortaleza.

Uma das medidas que contribuiriam para um consumo mais consciente seria a informação obrigatória, nos produtos, de quantos litros de água foram gastos para sua fabricação.

Também seria importante que fosse informado quanto de energia foi empregada para fabricar o item, e se a indústria utiliza energias alternativas (solar, eólica etc.). Seria parecido com a Etiqueta Nacional de Consumo de Energia (Ence), presente em geladeira, ar-condicionado, dentre outros eletrodomésticos. Você leva esses dados em consideração na hora da compra?

Controlar os consumos de energia elétrica e de água são atitudes bem-vindas contra a destruição ambiental. Aproveitar melhor os alimentos, também, com o consumo de cascas, folhas, talos e sementes, além de evitar compras desnecessárias e de usar as sobras em novas receitas.

Da mesma forma, roupas e calçados podem ser consertados, em lugar de imediatamente substituídos por outros quando necessitam de um simples reparo.

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