Mariliz Pereira Jorge

Jornalista e roteirista de TV.

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Mariliz Pereira Jorge

Quem é nossa Kamala?

Por que não temos uma mulher com cacife político para ser nosso Biden?

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Quem será nosso "Biden"? É a pergunta de um milhão. A discussão em torno do nome capaz de bater Jair Bolsonaro não é nova, mas ganhou força com o resultado da corrida à Casa Branca.

O que tenho me perguntado é quem será nossa "Kamala"? E por que não temos uma mulher com cacife político para ser nosso "Biden"? Talvez ela não exista. Pelo menos ainda. Por mais que haja qualidade em muitas representantes mulheres, não temos um nome inspirador como a futura vice-presidente dos EUA.
Tivemos um registro recorde de mulheres nas eleições de 2020, o que deve ser comemorado, mas nossa representatividade é pequena e ainda sem tanta força, a despeito de termos tido uma presidente no passado recente. A presença feminina na política tem sido uma luta, mas é a consequência natural de mais mulheres atuantes na sociedade, pois a política é o reflexo dela.

No entanto, grandes lideranças não nascem da noite para o dia. Kamala Harris não é um fenômeno eleitoreiro, muito menos um fantoche criado para atender a interesses masculinos. Sua trajetória é robusta: longa carreira acadêmica e cargos públicos de destaque.

E vai além da solidez. Kamala tem o star power de um Barack Obama, de um Lula, aquele tipo de gente que, goste-se ou não, desperta fascínio quando fala, anda, sorri. Emprestou à chapa com Biden todo carisma de que ele é desprovido. Deu no que deu. É possível que venha a ser a primeira mulher na Presidência.

Por que não temos uma ou várias "Kamala"? Porque é preciso ambição e estratégia. Da direita à esquerda, há gente competente, mas a maioria passa a maior parte do tempo com a cabeça em suas bolhas, tuitando para convertidos, o que desperta mais antipatia do que admiração em quem não está interessando em discurso de militante. Falta mulher na política, mas ainda falta política na mulher. Precisamos virar esse jogo.

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