Maurício Meireles

Coluna editada por Maurício Meireles, repórter da Ilustrada.

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Livraria Cultura quer 14 anos para quitar dívidas e perdão de até 70%

Rede tenta pressionar editores a voltar a fornecer livros, propondo pedido de perdão menor a quem o fizer

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São Paulo

Começou a circular nesta sexta (4), entre editores, o esperado plano de recuperação judicial da Livraria Cultura.

A rede quer quitar as dívidas com editores em 48 parcelas trimestrais, que começariam a ser pagas só dois anos após a homologação do plano pela Justiça —no total, isso dá 14 anos de prazo.

O plano serve de pressão para quem deixou de fornecer livros para a Cultura. A editores nessa situação, a Cultura propõe um perdão de 70% da dívida, pago no mesmo tempo.

Mas, mesmo para os chamados “credores incentivadores”, a proposta é amarga.

O plano os divide em dois tipos. Para o primeiro, a proposta é um perdão de 25% da dívida —e o prazo é o mesmo. A livraria enquadra nesse grupo quem já forneceu ou fornecerá títulos de 1º/12 até 30 dias depois de a Justiça homologar o plano.

No segundo grupo, em uma cláusula que parece criada sob medida para a Companhia das Letras, estão aqueles que não interromperam a venda de livros entre outubro e novembro do ano passado, período crítico de atritos entre editores e a rede. Para esses, o prazo é igual, mas não há proposta de perdão da dívida.

Clara Moreira Azzoni, advogada que representa a Cultura, diz que não há tratamento diferenciado entre credores.

"A Cultura não trata de forma diferente nenhum credor. Ainda não é um documento final. É natural que até a assembleia [de credores], haja negociações para ajustar o plano para a forma que fique melhor para todos", diz ela.

Ilustração de Fernando Vilela no livro ‘Aboborela’, que tem texto de Stela Barbieri e acaba de ser lançado pela editora Pulo do Gato
Ilustração de Fernando Vilela no livro ‘Aboborela’, que tem texto de Stela Barbieri e acaba de ser lançado pela editora Pulo do Gato - Divulgação

COLEÇÃO “O Alquimista”, de Paulo Coelho, acaba de entrar para o catálogo da Folio Society, prestigiosa editora britânica de livros ilustrados. Coelho é o primeiro brasileiro a ser publicado pela casa. A edição traz 22 ilustrações coloridas e 12 desenhos em preto e branco, assinados por Jesús Cisneros.

PRÊMIO As inscrições para o Prêmio Sesc de literatura deste ano serão abertas na próxima quarta-feira (9).  O troféu é voltado para as categorias romance ou conto, apenas com obras inéditas. As inscrições ficam abertas até 14/2. O regulamento completo pode ser consultado em sesc.com.br/portal/site/premiosesc.

NOVA CASA Três livros do sociólogo e best-seller Jessé de Souza trocam de casa. “A Elite do Atraso”, “A Tolice da Inteligência Brasileira” e “Subcidadania”, que estavam na LeYa, agora serão publicados pela Estação Brasil, selo da Sextante.

VENENO Já a Record lança em breve “O Pó do Herdeiro”, da jornalista Sandra Hempel. Em uma longa reportagem, ela conta a história do arsênico e a onda de assassinatos misteriosos por envenenamento no Reino Unido vitoriano, no século 19. A obra mostra como esses casos ajudaram a criar a ciência forense moderna e promoveram o avanço da justiça criminal.

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