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Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.

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Regra nacional para mercado livre de gás deve sair de projeto do governo

Associações pedem para que não se altere o texto que havia sido escrito em conjunto

Maria Cristina Frias
Estação de compressão de gás natural de São Carlos - Edson Silva - 26.jul.2013/Folhapress

Uma das principais mudanças que o governo pretendia fazer no setor de gás natural, a criação de regras nacionais para o mercado livre (em que grandes consumidores escolhem de quem comprar) deverá ser abandonada.

“A Constituição atribuiu aos estados o monopólio do gás. Há discussões sobre o limite disso, mas não podemos impor coisas que eles não queiram”, diz Márcio Felix, secretário de petróleo e gás do Ministério de Minas e Energia.

A decisão final de como será o marco regulatório, afirma, caberá ao Congresso.

O ministério convocou uma reunião para o dia 4 de abril para apresentar ao setor uma nova proposta.

“Vamos explicar o que pode evoluir no projeto que já foi lido no Congresso”, diz.

O governo promoveu reuniões de representantes do setor nos últimos anos para discutir o marco regulatório. Os encontros resultaram em um texto que foi enviado ao Congresso em dezembro, mas que não tramitou.

A criação de normas nacionais para o mercado livre estava prevista nesse projeto. Era um item que contrariava a Abegás, associação das distribuidoras, e favorecia os grandes consumidores.

Oito associações ligadas a consumidores se reuniram na quarta (28) e redigiram uma carta ao ministério.

Elas pedem para que não se altere o texto que foi escrito em conjunto nos últimos anos.

Três entidades ouvidas pela coluna afirmam que trabalharam pelo programa e que mudar essa regra é acabar com a sua espinha dorsal. A Abegás não se pronunciou.

 

Onde os diamantes menos brilham

A marca de joias Swarovski decidiu reduzir o volume de aportes no Brasil, segundo Carla Assumpção, diretora-geral da operação no país, na Argentina e no Chile.

“O valor previsto para 2018 é de R$ 2 milhões, 20% do que foi há dois anos. O retorno do investimento no Brasil é o menor do mundo entre os quase 145 países em que atuamos.”

Além da burocracia e da carga tributária, a empresa avalia que já se consolidou no mercado nacional, o que pesa na decisão de diminuir sua expansão, diz ela.

“Estamos em 350 pontos de venda. Eram 14 em 2011.”

A previsão da Swarovski é abrir de 4 a 8 lojas no Brasil em 2018, duas delas próprias. Embora os investimentos tenham minguado, houve melhora na operação no início de 2018.

“Estávamos com um retorno [sobre os investimentos] negativo [nos últimos dois anos] e, ao olhar as vendas sem considerar inaugurações, estamos com 7% de crescimento”, afirma.

71
são as lojas da Swarovski no país, sendo 31 próprias

 

Investimento em PPPs no Piauí devem somar R$ 4 bilhões

O Piauí planeja, até o final deste ano, licitar pelo menos metade do seu pacote de 23 PPPs (parcerias público-privadas), afirma Viviane Bezerra, superintendente de parcerias e concessões do estado.

O investimento total previsto nos empreendimentos é de R$ 4 bilhões. O montante poderá chegar a R$ 7 bilhões ao considerar etapas futuras de concessão nas áreas de mobilidade urbana e saneamento básico.

“O valor corresponde ao gasto com obras, não nas operações em si. Temos projetos em andamento nas áreas de infraestrutura de transportes, comunicação, desenvolvimento econômico e social”, afirma Bezerra.

“Tudo aquilo que não for concluído ainda neste ano chegará à próxima gestão pronto para ser licitado.”

Cerca de R$ 2 bilhões já foram contratados —85% disso se refere a obras e atividades de saneamento concedidas em 2017 à subconcessionária Águas de Teresina, do grupo Aegea.

O detalhamento dos projetos será apresentado a empresários nesta quinta (29) na sede da Abdib (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base).

 

Escritório novo

O total de novos contratos de aluguel de imóveis comerciais subiu 9% em São Paulo no primeiro bimestre do ano, na comparação com o mesmo período de 2017, segundo a administradora Lello.

Esse tipo de documento representou 13% dos negócios fechados em janeiro e fevereiro. Eles eram cerca de 10% no ano passado.

A zona leste da capital paulista concentrou a maior parte dos novos negócios. Os bairros da Mooca e do Tatuapé responderam por 27% e 18% dos contratos assinados, respectivamente.

A alta foi influenciada pela locação de salas e conjuntos destinados a instalação de escritórios de advocacia ou consultórios médicos e odontológicos. O valor médio do aluguel desse tipo de imóvel foi de R$ 1.780.

 

Menos... Trabalhadores terceirizados possuem chance menor de sofrerem acidentes que os empregados diretos, conclui a pesquisa do economista Carlos Alberto Belchior publicada na Revista Brasileira de Economia.

...mas piores Os incidentes que ocorrem, no entanto, são mais graves. Ainda que os terceirizados sofram acidentes mais sérios, o total de dias afastados deles ainda é menor, pois são vítimas com menos frequência.

Locação A Visa alugou um espaço dentro de um imóvel de coworking do Bradesco em São Paulo. Ela vai usar a área para hospedar 30 startups de seu programa de aceleração, que ainda não tinham um local físico para trabalhar. 

 

com Felipe Gutierrez, Igor Utsumi e Ivan Martínez-Vargas

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