Mercado Aberto

Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Mercado Aberto

Maior leilão privado de crédito de carbono pode ser último antes de nova política

Grupo disponibilizará 500 mil unidades de certificados ao preço inicial de R$ 3,70

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

A Baesa, do grupo CPFL, fará o maior leilão privado de créditos de carbono do Brasil e, se o resultado for insatisfatório, poderá ser o último que a empresa promove.

O grupo disponibilizará cerca de 500 mil unidades de certificados ao preço inicial de US$ 1 (R$ 3,70, na cotação atual).

Hidrelétrica e lago de represa em Minas Gerais - Edson Silva - 14.mai.14/Folhapress

Créditos são obtidos quando um empreendimento faz com que se emita menos carbono —no caso, uma hidrelétrica no Rio Grande do Sul.

“O leilão é uma prospecção, para sabermos quais são as avaliações dos interessados e determinarmos se haverá possibilidade de continuarmos com as certificações”, diz Peter Eric Volf, diretor-executivo da empresa.

Compras e vendas já foram mais intensas —o último leilão da B3 foi em 2012—, mas ele diz que houve sinalizações de que o interesse pode ter aumentado no último ano.

Não há lei que obrigue as empresas a neutralizarem suas emissões. Os compradores querem zerar a poluição para dar satisfações aos “stakeholders” (interessados na companhia), diz Magno Castelo Branco, professor do Mackenzie.

“O Brasil não tem meta de redução, o mercado aqui não responde a um comando.”

Há, no entanto, possibilidades que haja mudanças no futuro, segundo Guarany Osório, coordenador de políticas ambientais da FGV.

Dentro do Ministério da Fazenda, um projeto avalia se as políticas brasileiras são eficazes e quais seriam instrumentos para precificar o carbono.

“O grupo estuda a forma mais barata para reduzir as emissões”, afirma Osório.

 

Empresários querem reformas até antes de governo Bolsonaro

A prioridade número um de Jair Bolsonaro (PSL) na Presidência da República deverá ser aprovar a reforma da Previdência, segundo executivos do setor privado consultados pela coluna.

“O próximo presidente até oferece a possibilidade de que isso seja feito ainda neste ano, o que seria benéfico”, diz José Galló, diretor-executivo da Renner.

“De qualquer modo, teríamos um bom ano em 2019 independentemente de quem fosse eleito”, afirma.

“Sou cauteloso porque o presidente precisa do Legislativo para fazer mudanças. Por outro lado, é no primeiro ano que o governante tem o apoio para aprovar as reformas”, diz Daniel Randon, sócio das empresas Randon.

“A Previdência deveria ser o primeiro ponto, porque já foi tema debatido pelo Congresso atual, está quente. Esta seria a hora de aprovar o assunto”, afirma ele.

“A expectativa é que tenhamos um ambiente econômico com menos burocracia, um modelo tributário mais simples e regras estáveis”, afirma Ricardo Knoepfelmacher, sócio da RK Partners.

“O governo começa com perspectivas positivas. Se aprovar a nova Previdência, pode liberar orçamento para fazer investimentos em infraestrutura junto à iniciativa privada”, diz Rogério Tavares, diretor da Aegea.

 

Imagem Ainda há danos à imagem da carne brasileira no exterior, e reabilitá-la nos países consumidores deveria ser prioridade do governo Bolsonaro, diz Mário Lanznaster, presidente da Aurora.

Diesel O TCU iniciou auditoria de acompanhamento para avaliar as ações do governo para regular preços dos combustíveis. Os auditores vão analisar também a concessão de subsídios ao setor.

 

Fabricante de carretas vai investir R$ 100 milhões em 2019

A fabricante de implementos rodoviários —como carretas e engates— Facchini vai investir ao menos R$ 100 milhões no próximo ano.

“Reabriremos uma fábrica em Aparecida do Taboado (MS), desativada desde a crise, e vamos inaugurar uma em Rondonópolis (MT), prevista antes da recessão, mas que foi adiada”, diz o diretor comercial Leonaro Facchini.

Os aportes visam aumentar a capacidade, em especial dos produtos voltados para o mercado agrícola. A maior parte do recurso será destinada à compra de máquinas já no primeiro trimestre.

“A safra deste ano tem aquecido o mercado nesse segmento. Além disso, muitas empresas passaram a verticalizar o seu transporte após o tabelamento do frete”, afirma Facchini.

A marca estima dobrar sua receita neste ano e chegar ao patamar de faturamento registrado em 2013.

R$ 800 milhões
foi a receita em 2017

5.800
são os funcionários

 

Sempre em mente

A 28ª edição da Folha Top of Mind anunciará nesta terça (30) as marcas que estão na cabeça dos brasileiros.

O Datafolha pesquisou, em todo território nacional, quais os nomes mais lembrados em 61 categorias de produtos e serviços.

A premiação, exclusiva para convidados, deverá receber cerca de mil representantes de empresas. O leitor poderá acompanhar o evento a partir das 22h no site folha.com/top-of-mind.

Os resultados serão publicados na maior revista de circulação nacional já feita pela Folha, que, neste ano, vai trazer o número recorde de 194 páginas e circulará gratuitamente nesta quarta (31) junto com o jornal.

 

Último da fila

O Rio de Janeiro é praticamente o único grande município do país em que o setor hoteleiro ainda não dá sinais de recuperação dos preços, segundo o Fohb, que reúne grandes redes.

As diárias subiram 1,4% na média nacional no acumulado até o terceiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2017. Na capital fluminense houve queda de 6,8% —só em setembro, a retração foi de 14,9%.

“Em outras cidades que estavam ruins, como Campinas (SP), [os valores] já pararam de cair”, afirma Orlando de Souza, presidente-executivo da entidade.

“No Rio a taxa de vacância dos hotéis até começou a melhorar, mas a performance dos estabelecimentos ainda está muito comprometida.”

A ocupação no mercado carioca chegou a 55% em setembro, mas ainda está abaixo de 60%, nível considerado minimamente saudável, segundo Souza.

 

Hora do café

com Felipe Gutierrez (interino), Igor Utsumi e Ivan Martínez-Vargas

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.