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Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.

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Editoras concorrentes questionam no Cade a venda do Grupo Abril

Globo, Ediouro, Panini, Três e EBR pedem para ser partes interessadas no processo

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Cinco editoras de revistas ingressaram com um pedido junto ao  Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para que sejam consideradas partes interessadas no processo de compra do Grupo Abril por Fábio Carvalho.

Na petição, Globo, Ediouro, Panini, Três e EBR alegam que a aprovação da transação, dada pela superintendência-geral do órgão antitruste em 8 de janeiro, foi precipitada e “deixou de considerar (...) efeitos concorrenciais do negócio”.

O pedido será analisado pela presidência do Cade. Se for acatado, as empresas poderão pedir a anulação da compra.

Fachada do prédio da Editora Abril na marginal Tietê, em São Paulo - Mastrangelo Reino - 7.nov.2010/Folhapress

No documento, protocolado em 18 de janeiro, elas dizem que a Abril monopoliza a distribuição de revistas e que suas concorrentes têm sido prejudicadas por atrasos de pagamentos.

As editoras também argumentam que a relação de Carvalho com a Alvarez & Marsal, consultoria que administra a Abril, “justifica maiores indagações quanto a eventuais violações das regras contra a prática de ‘gun jumping’”.

O ato, que é irregular, ocorre se houver troca de informações sensíveis entre as partes antes do fechamento de um negócio.

“A operação já vem causando a saída ou o estrangulamento dos concorrentes do Grupo Abril”, afirmam.

Do lado da Abril e de Carvalho, a ação é vista como uma tentativa de atrasar a aprovação definitiva da aquisição, segundo pessoas familiarizadas com o processo de recuperação judicial do grupo.

A coluna apurou que a expectativa do empresário é que o Cade rejeite o pedido. Procurados, a Abril, Carvalho, e o advogado das concorrentes não se manifestaram.

 

A Granado, de produtos cosméticos, abrirá neste mês sua segunda loja própria em Paris, de acordo com o presidente da empresa, Christopher Freeman.


A previsão é inaugurar mais uma no exterior e outras oito no Brasil até o fim deste ano.

“Já temos um estande em um mercado multimarcas de produtos brasileiros em Lisboa. Agora, pesquisamos o local para a nossa próxima unidade lá fora”, diz ele.

“No Brasil, 6 dos 8 contratos já foram assinados, então pode ser que ultrapassemos a previsão inicial de aberturas; isso dependerá da oferta de pontos de venda.”

A expansão receberá parte dos R$ 40 milhões previstos em investimentos neste ano.

O aporte também inclui a unificação de toda produção em uma única planta, desenvolvimento de novas fragrâncias e máquinas de embalagem.

R$ 500 milhões
é a receita líquida aproximada
70
são as lojas, todas próprias

 

Empreiteira de SP vira a maior construtora do governo federal

A Ferreira Guedes, construtura do grupo Agis, foi a empreiteira que mais recebeu verbas do governo federal pela execução de obras no ano passado: foram R$ 485 milhões, o equivalente a 17,7% do total despendido com o item.


O controlador da empresa, Eduardo Capobianco, assumiu o negócio em 2012.

“Nós ganhamos concorrências importantes em uma fase de transição, em que as empresas da Lava Jato estavam todas combalidas”, afirma.

Há um tipo de licitação, o Regime Diferenciado de Contratações, que é considerado arriscado por parte das construtoras, mas que a Ferreira Guedes participa.

“O empreiteiro fica responsável pelo projeto e também pela execução. Se houver erro, não há aditivo. Empresas mais enfraquecidas não querem se comprometer com preço global, mas nós fizemos.” 

O setor de construção civil encolheu nos últimos anos, mas está mais aberto à competição, segundo o sócio.

“A feição do mercado mudou: hoje não existe mais obra de ninguém. Oportunidades apareceram, e nós tentamos aproveitar o máximo.”

 

Graças ao pedágio

Municípios paulistas receberam, ao todo, R$ 509,9 milhões em 2018 relativos à incidência de ISS (imposto sobre serviços) sobre os pedágios das rodovias concedidas à iniciativa privada.

O montante é praticamente idêntico aos R$ 509,4 milhões de 2017 —ao se considerar a inflação, porém, houve queda de quase 4%. Os dados são da Artesp (agência de transportes do estado).

O número de prefeituras que recebem os recursos também aumentou de 262 para 272 no ano passado.

“O repasse depende muito do fluxo das rodovias e reflete as oscilações não muito positivas que tivemos no tráfego. A expectativa é que haja melhora neste ano”, afirma Giovanni Pengue Filho, diretor-geral da Artesp.

 

Ajuda... O hospital Santa Catarina, de São Paulo, planeja investir R$ 11 milhões em 2019. A maior parte, cerca de R$ 8,5 milhões, será usada na reforma de um centro cirúrgico.

...robótica O local receberá uma sala específica para a utilização de um robô cirurgião, que já realizou cem procedimentos desde que foi importado por cerca de R$ 11 milhões em 2018.

 

Hora do café

com Felipe Gutierrez (interino), Igor Utsumi, Ivan Martínez- Vargas

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