A cadeia brasileira de alumínio começou a se preparar para enfrentar restrições da União Europeia similares àquelas que deverão ser aprovadas para o setor siderúrgico.
O bloco decidirá nesta quarta (16) se implementa salvaguardas para reduzir a importação de produtos de aço. A expectativa é que sete itens fabricados no Brasil sejam afetados.
“A situação [da siderurgia] é exatamente igual à nossa. Há uma sobreprodução mundial, e os grandes compradores buscam se fechar”, diz Milton Rego, presidente-executivo da Abal (Associação Brasileira do Alumínio).
“Assim como no aço, não somos o principal fornecedor de alumínio da União Europeia, mas, com as cotas, quem vende a eles passará a procurar e pressionar outros mercados não protegidos”, afirma.
Em um momento em que o protecionismo é adotado por um número cada vez maior de países, o Brasil tem priorizado a discussão sobre abertura comercial, de acordo com o executivo.
O setor privado, porém, não tem ainda uma estratégia definida para rebater possíveis restrições no exterior, nem conversou com o novo governo sobre o tema, segundo Rego.
“O que temos feito é analisar e monitorar a entrada de produtos de alumínio no país. Vários chegam com preço abaixo do custo do mercado internacional”, afirma.
Número de alvarás para construções em SP cresce 57%
O número de alvarás para novas construções na cidade de São Paulo cresceu 57% no ano passado, na comparação com 2017. Ao todo, foram 192 aprovações.
Os conjuntos residenciais tiveram uma alta mais significativa, de 62%.
O setor imobiliário é ágil em alguns aspectos, como na adaptação ao cenário econômico, segundo Valter Caldana, professor do Mackenzie.
“Nós temos um histórico de doenças financeiras que variam entre os estágios crônico e agudo, e o mercado aprendeu a dar respostas rápidas.”
Há um impacto do plano diretor aprovado em 2014, que permitiu prédios maiores em algumas partes da cidade, diz Caldana.
“A lei propiciou flexibilidade para o mercado se movimentar, permite maior potencial construtivo em áreas nobres.”
O setor tem se adaptado ao plano nos eixos de estruturação urbana, onde se podem levantar edifícios mais altos, diz Ricardo Yazbek, vice-presidente do Secovi-SP (sindicato da habitação).
“As áreas com autorização para construir mais têm tido projetos para lançamentos.”
Pagar em um balcão só
O setor de comércio eletrônico espera que o STF (Supremo Tribunal Federal) decida neste ano um processo em que as associações questionam a cobrança ICMS em dois estados, o de origem e destino das mercadorias.
“Já houve manifestações de ministros, e o caso deverá entrar na reta final”, afirma Maurício Salvador, presidente da ABComm (associação do setor).
A regra passou a valer no começo de 2016.
As entidades conseguiram uma liminar que isenta empresas inseridas no regime Simples de recolher o imposto nas duas pontas, mas, além disso, há um processo em andamento sobre a constitucionalidade da norma.
A ABComm projeta um crescimento de faturamento de 16% neste ano. A associação reviu suas estimativas após a Black Friday e o Natal.
Até a metade do ano passado, ela calculava que 2019 teria um desempenho semelhante ao de 2018: uma alta de 12%, segundo Salvador.
Calçados no nordeste
A marca de calçados femininos Usaflex, controlada pelo fundo de private equity Axxon Group, pretende adquirir um concorrente para ter sua primeira fábrica no Nordeste, segundo o diretor-executivo da empresa, Sergio Bocayuva.
“Estamos em negociações avançadas, e a previsão é que a transação se concretize no primeiro quadrimestre deste ano. O plano é incorporar um parque fabril já instalado na região, mas manteremos nossas instalações no Sul”, diz.
A companhia, que cresceu 4,5% em faturamento no ano passado, planeja investir até R$ 10 milhões na automatização de suas quatro fábricas atuais, segundo ele.
A empresa estima alta de 22% em receita para este ano, principalmente pela expansão da rede franqueada e pelo aumento das exportações.
R$ 350 milhões
foi a receita bruta em 2018
De malas prontas para São Paulo
A companhia aérea Air Europa, do grupo espanhol Globalia, vai transferir seu escritório brasileiro de Salvador para São Paulo em janeiro.
A decisão foi tomada para dar maior atenção ao mercado paulista, o principal da operação da empresa no país.
A marca tem priorizado aumentar sua penetração no segmento corporativo para elevar sua rentabilidade.
“Manteremos uma estrutura na Bahia, mas o principal vem para São Paulo ainda neste mês. As vendas no país cresceram 12% em 2018”, diz o gerente-geral, Gonzalo Romero.
A empresa, que já cogitou ter entre seus destinos o Rio de Janeiro, descartou a ideia e abrirá em maio um terceiro voo semanal de Recife a Madri.
Air Europa
50
são as aeronaves da frota atual
€ 16,5 milhões
(R$ 70 milhões) foi o lucro líquido do grupo Globalia, dono da marca, em 2017
Hora do café
com Felipe Gutierrez (interino), Igor Utsumi e Ivan Martínez-Vargas
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