Mônica Bergamo

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Paulo Preto decide que não fará delação premiada

Solto na semana passada, o engenheiro, tido como operador do PSDB, comunicou que não colaborará com a Justiça

Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto
Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto - Geraldo Magela/Agência Senado

O engenheiro Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto e tido como operador do PSDB, decidiu que não buscará, por enquanto, nenhum acordo de delação premiada com as autoridades.

Diante do ritmo acelerado das investigações contra ele, Souza, que foi diretor da Dersa (a empresa responsável por obras rodoviárias de São Paulo) em governos do PSDB, vinha refletindo sobre a possibilidade de colaborar com a Justiça

Ele chegou a ser preso em abril, sob a suspeita de desviar R$ 7,7 milhões destinados ao realojamento de pessoas deslocadas para a construção do trecho sul do Rodoanel, em SP. As irregularidades teriam ocorrido durante as gestões dos governadores José Serra e Geraldo Alckmin.

Acabou sendo solto na sexta, 11, depois de passar mais de um mês na prisão. Em reunião com a família e advogados, comunicou que decidiu não delatar e afirmou que vai enfrentar as acusações que pesam contra ele.

Polícia Federal prende ex-diretor da Dersa, Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, suspeito de desvio de dinheiro em SP durante governo do PSDB.
Polícia Federal prende ex-diretor da Dersa, Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, suspeito de desvio de dinheiro em SP durante governo do PSDB. - Reprodução/TV Globo.

O engenheiro é investigado também por manter o equivalente a R$ 121 milhões em contas secretas na Suíça.

De acordo com documento sigiloso enviado ao Brasil pelas autoridades suíças, conforme revelado pela Folha, Souza abriu quatro contas no banco Bordier & Cie, em Genebra.

Entre 2007 e 2009, quando o engenheiro era diretor da Dersa, durante o governo de José Serra, elas receberam "numerosas entradas de fundos", ainda de acordo com o comunicado do Ministério Público da Confederação Suíça.

As contas tinham saldo de US$ 34 milhões quando o engenheiro decidiu transferir os valores para as Bahamas, em 2017. Ele já estava sendo investigado na Suíça e corria o risco de ter os recursos bloqueados.

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