Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Saída de cubanos do Mais Médicos atinge Norte, Nordeste e periferia das cidades

Índios também serão prejudicados

O ex-ministro da Saúde Ricardo Barros tira selfie na recepção dos médicos brasileiros formados no exterior e cubanos que vão atuar no Programa Mais Médicos, em 2016
O ex-ministro da Saúde Ricardo Barros tira selfie na recepção dos médicos brasileiros formados no exterior e cubanos que vão atuar no Programa Mais Médicos, em 2016 - Pedro Ladeira/Folhapress

O fim da participação do governo de Cuba no programa Mais Médicos no Brasil, que foi anunciado nesta quarta (14), atingirá as áreas mais vulneráveis do país: região Norte, semiárido nordestino, cidades com baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), saúde indígena e periferias de grandes centros urbanos.

Os 8.500 médicos que deixarão o Brasil trabalham em 2.885 cidades, sendo que 1.575 municípios só possuem cubanos no programa -- 80% desses locais têm menos de 20 mil habitantes. São 300 os médicos de Cuba que atuam em aldeias indígenas, o que corresponde a 75% do total que atende essa população.

Segundo a Opas/OMS (Organização Pan-Americana da Saúde da Organização Mundial da Saúde), "os locais onde os cubanos atuam foram oferecidos antes a médicos brasileiros, que não aceitaram". 

A organização também afirma que se preocupa com a substituição desse contingente. Em cinco anos do programa, o maior edital contratou 3.000 brasileiros. 

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