O cineasta Josias Teófilo afirma que o presidente Jair Bolsonaro propôs que ele desistisse da captação de recursos públicos para o projeto de seu documentário "Nem Tudo se Desfaz". Em contrapartida, ele sugeriu que o diretor criasse um crowdfunding.
Teófilo diz que um assessor do presidente ligou para ele na tarde desta quinta (25).
"Não vou voltar atrás, porque não fiz nada de errado. Tenho todo o direito de captar recursos públicos", diz Teófilo à coluna. "Não tenho culpa se o presidente é contra a Ancine e a Lei do Audiovisual. Eu sou a favor da Ancine e do cinema brasileiro", completa.
Na quinta (25), o presidente tuitou que havia sugerido à Ancine que revertesse a autorização dada a Teófilo de captar R$ 530 mil. "Recentemente tomei conhecimento sobre a liberação para captação de R$ 530 mil via Ancine para produção de um filme sobre minha campanha nas eleições. Por coerência sugeri que voltassem atrás nessa questão. Não concordamos com o uso de dinheiro público também para estes fins", escreveu o presidente.
Teófilo diz que já tinha conversado com algumas empresas para patrocinar o documentário, mas que nada estava fechado. Ele seguirá atrás de patrocínio. "Se a atitude do presidente fizer com que os patrocinadores desistam, eu vou pegar um avião e ir embora do Brasil", afirma o cineasta.
O Planalto diz que não comentará o assunto.
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