O ministro da Justiça, Sergio Moro, avisou ao STF (Supremo Tribunal Federal) que ministros da corte foram alvos dos hackers presos na quarta (24).

Pelo menos um magistrado estaria na lista dos criminosos.

Moro também entrou em contato com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre, afirmando que os hackers também tentaram invadir aplicativos de seus telefones.

Maia está em Miami e não se manifestou. Alcolumbre divulgou uma nota em que diz estar tranquilo pois "não tenho nada a esconder" --leia a íntegra abaixo.

Mais cedo, o Ministério da Justiça divulgou uma nota em que diz que o celular do presidente Jair Bolsonaro também foi hackeado.

O presidente afirmou em redes sociais que nunca usou o telefone para informações sensíveis e que portanto está tranquilo com a situação.

Leia abaixo a íntegra da nota divulgada por Davi Alcolumbre:

"Passei esta quinta-feira (25), em Mazagão Velho, no município de Mazagão, interior do meu Amapá, participando das festividades de 242 anos de São Tiago. 

Recebi a informação de que meu aparelho de celular teria sofrido tentativa de hackeamento. Embora tranquilo,pois não tenho nada a esconder, manifesto minha indignação com a invasão de minha privacidade e não posso deixar de reafirmar minha repulsa às atividades desses criminosos virtuais, pois elas também representam uma afronta aos Poderes da República e à população brasileira. 

É o cidadão de bem que acaba ficando à mercê de grupos como este,detido pela Polícia Federal e que agem movidos por interesses desconhecidos, mas certamente, escusos, pois se valem de meios ilegais e visam o próprio benefício.

A ação indevida dos hackers leva ainda à produção de fake news, que só servem para gerar a confusão de informações e a manipulação da opinião pública. Combater este crime não é dever só da polícia, o legislador também deve colaborar com soluções e leis mais transparentes para o bem de todos. É isso que queremos debater na CPMI que vai investigar as notícias falsas no Congresso Nacional. Queremos ouvir os especialistas, as autoridades e os representantes das organizações civis em busca de uma resposta efetiva para impedir esse tipo de crime e promover a correta informação da sociedade."