A juíza Karine da Silva Cordeiro, da 7ª Vara Federal de Porto Alegre, revogou as prisões preventivas de três acusados de integrar uma das maiores pirâmides financeiras já investigadas no país: Danter Navar da Silva, Marcos da Silva Kronhardt e Paulo Sérgio Kroeff.
Ela substituiu a detenção por medidas cautelares, acatando o argumento da defesa de que a manutenção da prisão preventiva violaria o princípio da presunção de inocência.
Os acusados terão que pagar fiança de R$ 200 mil e entregaram seus passaportes às autoridades.
Em outubro, a Polícia Federal desencadeou a Operação Lamanai e prendeu dez pessoas ligadas à cúpula da Unick Forex. Sediada em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, ela vinha sendo investigada por atuar no mercado financeiro paralelo sem autorização das autoridades.
O esquema é acusado de captar ilegalmente um valor estimado em R$ 2,4 bilhões de um milhão de clientes.
Procurado pela coluna, o advogado Nelson Wilians afirmou que “manter os acusados em prisão preventiva representa antecipação da pena, infringindo a lei. Além disso, a conclusão das investigações pela Polícia Federal e o oferecimento e recebimento da denúncia indicam a desnecessidade de manutenção das prisões.”
Os diretores da empresa Unick estavam presos há mais de 100 dias.
“Essa era uma decisão aguardada. Foi o primeiro passo na demonstração de que as acusações não procedem. Como dissemos, sempre confiamos na Justiça”, diz Nelson Wilians.
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