O Ministério da Saúde deve investir R$ 92 milhões na aquisição de equipamentos para a fábrica do Instituto Butantan que poderá produzir a Coronavac, vacina chinesa que está sendo desenvolvida contra a Covid-19.
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, se reuniu nesta quinta (8) com o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn, e com o presidente do Butantan, Dimas Covas, para discutir o investimento.
Segundo Gorinchteyn, o ministro pretende aguardar a progressão dos testes da Coronavac, que estão sendo realizados com 9 mil voluntários no Brasil, para então assinar um acordo e liberar os recursos.
A Anvisa já analisa as fases 1 e 2 dos estudos da vacina e pode aprovar a fase 3 em novembro, caso fique comprovado que a vacina é eficaz na imunização das pessoas.
"O ministro Pazuello nos disse que o ministério tem uma relação comercial de longa data com o Butantan. São mais de 100 milhões de doses de vacinas adquiridas do instituto todos os anos para o programa nacional de imunização. Com a Coronavac não será diferente", afirma o secretário.
Os R$ 92 milhões, se liberados, serão investidos também nos testes que se seguirão à aprovação emergencial da Coronavac, e que devem se estender até 2021.
A vacina está sendo desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac, que assinou um acordo para que os testes clínicos dela fossem realizados também no Brasil.
Caso ela seja aprovada, a empresa se comprometeu a enviar 46 milhões de doses ao Brasil e também a transferir tecnologia para que o Butantan possa começar a produzi-la a partir do segundo semestre de 2021, quando a nova fábrica ficar pronta.
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