A Arquidiocese de São Paulo determinou o fechamento dos escritórios de atividade administrativa da cúria central e das cúrias regionais, onde ficam o arcebispo metropolitano, dom Odilo Scherer, e os bispos da cidade. Mas não fez o mesmo com as secretarias das paróquias, para que seguissem em suas atividades religiosas.
FOGO SANTO
A medida deixou padres indignados e “cuspindo fogo”, nas palavras de um deles à coluna.
EM RISCO
Eles consideram injusto que, na cúpula, religiosos e funcionários da cúria sejam preservados, enquanto párocos seguem com as igrejas abertas, recebendo o público —que, como eles, também estaria em risco.
EM RISCO 2
Segundo a CNBB, 1.455 padres diocesanos já foram acometidos pela Covid-19. Destes, 65 morreram. Entre os bispos que ficaram doentes, três foram a óbito.
ASSINATURA
Na carta divulgada, a arquidiocese diz que a decisão “tem o conhecimento e a aprovação” de dom Odilo.
SOCORRO
“Lamento, mas a interpretação da decisão está equivocada: na verdade, fechamos a Cúria para preservar a saúde dos trabalhadores. E mantemos igrejas e expedientes paroquiais abertos para servir o povo e socorrer pobres e enfermos”, afirmou dom Odilo à coluna em uma mensagem de WhatsApp.
EU DEIXO
As igrejas podem ficar abertas graças a um decreto de João Doria, que considerou as atividades religiosas “essenciais”.
SINAL AMARELO
A medida contrariou médicos do comitê de combate à Covid-19, que assessora o governador de SP, pelo alto risco que representam de aglomeração e disseminação do vírus.
QUARENTENA
com BRUNO B. SORAGGI, BIANKA VIEIRA e VICTORIA AZEVEDO
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