O presidente Jair Bolsonaro oscilou positivamente em pesquisa de intenção de votos em abril, mesmo quando Sergio Moro ainda é incluído no cenário.
É o que mostra a pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta (7). Ela entrevistou presencialmente 2 mil pessoas entre 1 e 3 de abril. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
Em cenário de candidaturas praticamente idêntico ao apresentado aos eleitores em março, Lula tem 44% na pesquisa, mesmo percentual registrado no mês passado.
Já Bolsonaro oscila de 26% em março para 29% em abril, Sergio Moro oscila de 7% para 6%, Ciro Gomes, de 7% para 5%, André Janones, de 2% para 3%, e João Doria, de 2% para 1%. A emedebista Simone Tebet manteve em abril o mesmo 1% da preferência registrado em março. Felipe d'Avila não pontou.
Outros candidatos incluídos no levantamento (Sofia Manzano, Leonardo Péricles e José Maria Eymael) também não pontuaram.
A Genial/Quaest testou também o cenário sem Moro: Lula fica com 45% dos votos, Bolsonaro, com 31%, Ciro Gomes, com 6%, André Janones, com 2%, João Doria, com 2%, e Simone Tebet com 1%. Brancos e Nulos ficam em 6%, e indecisos, em 6%.
Na pesquisa espontânea, em que o eleitor cita o candidato de sua preferência sem que o instituto apresente a ele os nomes em disputa, Bolsonaro também sobe.
De acordo com os números apresentados pelo instituto Quaest, o ex-presidente Lula oscila de 27% para 28% na espontânea, quando comparado com sondagem realizada pelo instituto em março.
Jair Bolsonaro passa de 19% para 22% –uma alta de três pontos percentuais.
Moro é lembrado espontaneamente por 1% dos eleitores, mesmo percentual do mês passado. Ciro Gomes (PDT-CE) mantém os mesmos 1% da pesquisa anterior.
No segundo turno, Lula venceria de Bolsonaro por 55% a 34% dos votos,
O Insituto Datafolha já tinha mostrado, em março, que Bolsonaro ganhava fôlego nas pesquisas eleitorais.
A pesquisa Genial/Quaest mostra que a avaliação positiva do governo de Jair Bolsonaro segue em alta, e passou de 24% no dia 21 de março para 26% agora. A avaliação negativa se manteve em queda, e passou de 49% para 47%.
Em relação a novembro, mês de pior avaliação do governo Bolsonaro na série histórica de pesquisas do instituto, a recuperação foi de sete pontos percentuais. Naquele mês, a avaliação positiva do governo era de 19%. A avaliação negativa chegava a 56%.
A melhora de Bolsonaro ocorreu especialmente entre os que recebem o Auxílio Brasil, que substituiu o Bolsa Família: em março, 54% tinham uma avaliação negativa do governo, que agora caiu para 46%. Já a avaliação positiva subiu de 19% para 24% nesse grupo, e 27% declararam que o governo é regular.
Entre os que não recebem o Auxílio Brasil, a percepção negativa se manteve, em 47%. A positiva oscilou de 26% para 28%.
O Nordeste permanece como a pedra no sapato do presidente: o governo dele é avaliado negativamente por 58% da população –uma alta de dois pontos em relação a março, e praticamente igual à de novembro, quando ela era de 60%. Apenas 17% dos moradores da região dizem ter avaliação positiva da administração.
A maior recuperação da imagem do governo foi no Norte: a avaliação positiva passou de 29%, em março, para 35% em abril. No Sul, ela subiu de 32% para 37%.
Na região sudeste, houve oscilação, de 25% para 26% na avaliação positiva. No Centro-Oeste, ela foi de 29% para 30%,
Entre as mulheres, a avaliação negativa do governo chega a 50%, contra 43% dos homens.
A diferença é grande também quando se considera a religião dos entrevistados: 50% dos que se declaram católicos têm avaliação negativa do governo Bolsonaro, contra 35% dos evangélicos.
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