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Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Alcione se emociona ao ver musical em sua homenagem em SP

Na plateia, artista surpreende o público ao cantar 'Não Deixe o Samba Morrer'; veja vídeo

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Era perto das 20h30, de sexta (9), quando a cantora Alcione, 74, entrou na plateia do Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo. O público presente foi ao delírio. "Maravilhosa", gritou uma espectadora. "Alcione, eu te amo", disseram outros.

A cantora Alcione dá uma palhinha de "Não Deixe o Samba Morrer" na plateia de "Marrom, o Musical", em São Paulo
A cantora Alcione dá uma palhinha de "Não Deixe o Samba Morrer" na plateia de "Marrom, o Musical", em São Paulo - Ronny Santos/Folhapress

Acompanhada das irmãs Ivone, Maria Helena e Solange, a artista veio do Rio para a capital paulista especialmente para assistir o espetáculo "Marrom, o Musical", de Miguel Falabella, que homenageia sua vida e trajetória.

Foi uma das primeiras saídas públicas de Alcione após a cirurgia na coluna vertebral a que foi submetida em meados de julho para tratamento de espondilolistese. Vestida toda de preto e calçando tênis, a cantora andava devagar. "Estou me recuperando, pisando no chão com cuidado, mas estou bem", disse ela à coluna. Após cancelar sua participação no Rock in Rio, a artista volta aos palcos no início de outubro, em show no Rio de Janeiro.

Alcione e a família se sentaram em uma fileira central do auditório. Dois seguranças ficaram nas laterais para impedir que o público chegasse muito perto da artista. Ainda assim, muitas pessoas se aproximavam para tirar fotos. Ela sorria e acenava aos fãs e até liberou a entrada de algumas pessoas para que pudessem fazer uma selfie mais de perto.

Durante o musical, Alcione sorriu, bateu palmas e cantarolou algumas músicas apresentadas. Em determinado momento, colocava a mão no peito, emocionada.

Ao final, de pé, agradeceu pela homenagem. "Vocês querem me matar?", indagou, entre risos. "Graças a Deus que estou viva para presenciar isso aqui", prosseguiu.

"Tem coisas que a gente precisa viver. Eu já vivi muitas coisas bonitas, muitas. Desfilar pela Mangueira, ver o nascimento dos meus sobrinhos, ter presenciado o meu pai e a minha mãe vivos. Esse espetáculo para mim é um resumo de tudo isso, da minha família, da minha vida, da minha carreira", afirmou.

Ao final, para a alegria dos presentes, deu uma palhinha de "Não Deixe o Samba Morrer", um dos seus maiores sucessos. Foi ovacionada pelo público. "Foi tudo emocionante", disse.

Na saída, deu uma rápida passada nas coxias para parabenizar os atores. "Alcione, você estava esplendorosa", disse a cantora para Karin Hils —ela e outras atrizes se revezam no palco no papel da artista.

"Foi difícil segurar a emoção sabendo que ela estava na plateia", contou Karin. "Antes de o musical começar, eu não quis vê-la. Paralisei, me deu um nó na garganta e pensei: 'Agora eu não consigo'. Sabia que ia chorar, porque ela é a diva da minha vida, sempre me inspirou."

O diretor Jô Santana, idealizador do musical, contou que quando falou sobre o projeto pela primeira vez para Alcione, a artista duvidou da viabilidade do projeto.

"Alcione me disse que a vida dela não daria um musical. E está aí", afirmou. "Precisamos contar as nossas narrativas, as histórias brasileiras. Viva o nosso samba. Viva a Alcione", disse.

"Marrom, o Musical" segue em cartaz até novembro em São Paulo. Depois, a peça cumprirá temporada no Rio de Janeiro. Em 2023, será apresentada em São Luís (MA) e outras capitais da Região Nordeste. Também será exibida na Europa.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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