Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Mônica Bergamo

Brasileiras presas na Alemanha sofrem com taquicardia e estado de vigília constante, dizem psiquiatras

O casal Kátyna Baía e Jeanne Paolini está com problemas para dormir e fazendo uso de medicamentos desde que voltaram ao país

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Quase três semanas após retornaram ao Brasil, as brasileiras Kátyna Baía e Jeanne Paolini, que ficaram presas na Alemanha sob a acusação de tráfico de drogas após terem as etiquetas das suas malas trocadas, estão com problemas para dormir, sintomas de ansiedade e fazendo uso de medicamentos para atenuar o quadro.

A empresária Kátyna Baía, 44, e a veterinária Jeanne Paolini, 40, foram presas na Alemanha por tráfico de drogas depois de terem as etiquetas das bagagens trocadas
As companheiras Kátyna Baía e Jeanne Paolini ficaram presas por engano durante 38 dias na Alemanha. - Divulgação/Kátyna Baía no Instagram

A coluna ouviu, com consentimento do casal, relatos dos médicos que acompanham o estado de saúde delas. As duas embarcaram de volta a Goiânia no dia 14 de abril, após ficarem mais de um mês detidas em um presídio em Frankfurt.

O psiquiatra de Jeanne, Sávio Teixeira, conta que ela apresentava sinais de estresse agudo decorrente de um trauma psicológico. A primeira consulta dos dois ocorreu virtualmente, no país europeu, logo após ela ter saído da prisão.

"Ela estava muito ansiosa, não conseguia dormir à noite, acordava assustada, não estava querendo socializar", narra o médico, que prescreveu de um antidepressivo, em dose baixa, para minimizar a ansiedade. Segundo ele, Jeanne nunca havia feito uso deste tipo de medicamento até então.

"Não há nenhum transtorno psiquiátrico propriamente dito instalado, mas ela está nesse estado de trauma psicológico, em estado de vigília o tempo todo. Agora que ela está começando a se acalmar, como se fosse uma readaptação à vida em liberdade", afirma ainda.

Já Kátyna realiza acompanhamento psiquiátrico desde 2019 e fazia uso de um ansiolítico antes do episódio.

"Ela vinha realizando o que a gente chama de tratamento de manutenção. Ela já teve episódios de síndrome do pânico no passado, mas estava assintomática e sem crises havia dois anos", conta sua médica, Isabella Paes.

"Após a ocorrência, ela teve reativação dos sintomas", segue a psiquiatra. As duas mantiveram contato enquanto Kátyna estava presa. Lá, ela ficou sem acesso a sua medicação.

Paes apresentou um relatório médico, e a administração da penitenciária passou a oferecer um remédio, mas com um princípio ativo diferente do que ela tomava antes. Após o retorno ao Brasil, Kátyna retomou o tratamento anterior, e começou a usar uma nova medicação.

"Não houve mais nenhum episódio de crise de ansiedade crônica, porém o quadro ansioso, de forma global, continua", diz a médica de Kátyna.

"Alguns ruídos que lembram de coisas vivenciadas lá na prisão desencadeiam uma ligeira taquicardia. Ela tem que interromper algumas atividades cotidianas para respirar um pouquinho, se acalmar", afirma ainda.


DEDICATÓRIA

O jornalista e escritor Ricardo Viveiros recebeu convidados para o lançamento do livro "Memórias de um Tempo Obscuro", realizado no Museu da Casa Brasileira, na capital paulista, na semana passada. O ex-deputado e superintendente regional da EBC (Empresa Brasil de Comunicação) em São Paulo, José Américo Dias, esteve lá. O ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues também compareceu.

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.