Ministros do governo Lula e integrantes do PT celebram em público a possibilidade de Jair Bolsonaro (PL) se tornar inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em privado, no entanto, diversos deles avaliam que, com isso, o ex-presidente pode se tornar um cabo eleitoral ainda mais forte do que já é hoje, ainda no pleno gozo de seus direitos políticos.
PONTO UM
Em primeiro lugar, ele viraria uma espécie de mártir da causa da direita no Brasil. Na condição de vítima, atrairia solidariedade e fidelidade ainda maior de quem o admira.
PONTO DOIS
Sem o risco de Bolsonaro voltar a comandar o país, o bolsonarismo poderia voltar a atrair eleitores antipetistas que passaram a rejeitar o ex-presidente por atitudes como o negacionismo na época da pandemia.
CEREJA
O bolsonarismo sem Bolsonaro, portanto, poderia virar o polo mais importante de oposição ao governo Lula, organizando-se em torno de um pré-candidato mais palatável do que ele nas próximas eleições presidenciais.
ASSINATURA
O nome mais citado como provável sucessor de Bolsonaro em um bolsonarismo de tintas mais suaves é o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP).
TUDO DEPENDE
A chave de tudo, no entanto, será o desempenho da economia, analisam as mesmas lideranças. Se ela deslanchar, as dificuldades eleitorais da oposição cresceriam.
TEMPO RUIM
Na falta de uma liderança natural como Bolsonaro, e com certa desagregação de sua base, seria preciso buscar um outro candidato em condições adversas diante de um governo Lula fortalecido.
ISSO NÃO
Na semana passada, o instituto Quaest mostrou a força de Bolsonaro mesmo diante da ação no TSE. Questionados, 43% dos entrevistados disseram que ele não deveria ser condenado pelo tribunal. E 47% responderam que sim, ele precisa ser punido –uma situação de empate técnico.
E DEPOIS?
Questionados se o ex-presidente deveria apoiar outro candidato à Presidência em caso de ficar inelegível, 21% escolheram Tarcísio, 15% citaram Michelle Bolsonaro, 11% apontaram o governador mineiro Romeu Zema e 4%, o senador Flávio Bolsonaro, um dos filhos do ex-presidente.
MARTELO
O jogador Neymar Jr., ao lado da namorada, a influenciadora Bruna Biancardi, e do filho, Davi Lucca, recebeu convidados na terceira edição do leilão beneficente do instituto que leva o nome do atacante. Os apresentadores Patricia Poeta e Celso Portiolli marcaram presença no evento, que foi realizado na noite de quinta (22), no Clube Atlético Monte Líbano, em São Paulo. A apresentadora Luciana Gimenez também passou por lá.
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
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