Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Thiago Gagliasso presta queixa contra Ludmilla por acusação de racismo

Cantora afirma que foi chamada de macaca por deputado; ele nega

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O deputado estadual Thiago Gagliasso (PL-RJ) prestou queixa contra Ludmilla nesta quinta (23), no 16º Distrito Policial, da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O parlamentar afirma ter sido acusado falsamente de racismo pela cantora.

Ele se dirigiu à delegacia acompanhado de seus advogados. A cantora disse que foi chamada de macaca pelo deputado em uma festa. Ele nega.

Em foto colorida, uma mulher e um homem são colocados lado a lado em uma montagem
Ludmilla e Thiago Gagliasso - Repriodução/Instagram

"Este episódio jamais existiu, nunca me referi a qualquer pessoa nesses termos e essa não é a primeira vez que essa pessoa faz falsas acusações para se promover em cima de um assunto muito sério. Já acionei minha equipe jurídica e vamos tomar todas as providências judiciais cabíveis", afirmou o parlamentar.

Thiago também publicou no Stories do Instagram quando estava chegando à delegacia. "Porque lugar de acusar é na internet, mas lugar de provar é na Justiça. Fui acusado de algo que não fiz, um crime que não cometi, e quem me acusou vai pagar, porque aqui não tem nenhum palhaço", disse.

Na noite de quarta (22), Ludmilla foi agraciada com a Medalha Tiradentes, a mais alta condecoração concedida pelo estado do Rio de Janeiro.

Na manhã do dia seguinte, a cantora publicou em suas redes sociais uma série de vídeos em que afirmou que o parlamentar foi racista com ela. Embora não tenha citado o nome de Thiago, ela disse que precisava responder a um vídeo postado por um deputado que dizia que tinha votado contra a concessão da Medalha Tiradentes "não por ser racista, mas por causa da música 'Verdinha'".

"Não, gente, é porque ele é racista. E racista barra pesada", afirmou ela.

No dia anterior, Thiago tinha publicado um vídeo expondo os motivos que o levaram a votar contra a concessão da honraria. "Não tem nenhum racista aqui. É pela postura que nós, enquanto conservadores, precisamos defender. Saber cantar o hino nacional, saber que não pode vender verdinha", afirmou ele. Thiago se referia à música "Verdinha", que faz alusão à maconha, e aos problemas que Ludmilla teve ao cantar o hino no GP Brasil de Fórmula 1.

Nos vídeos, Ludmilla detalhou um episódio em que Thiago a teria chamado de macaca. "A gente estava na casa de uma das pessoas mais famosas desse país. E aí eu estava acompanhada de um cara, que conhecia esse [outro] cara. Ele chegou no meu amigo e falou na minha cara: 'Ô mano, tanta mina gata aqui na festa e você está com essa macaca?'", disse.

"Eu comecei a discutir com ele. Esse amigo me defendeu na hora, e a gente acabou indo embora do evento. Fiquei muito mal. Esse foi um dos piores ataques de racismo que eu já sofri na vida", afirmou a cantora.

O deputado é irmão do ator Bruno Gagliasso, mas os dois não se falam por divergências políticas. Thiago é um dos principais apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Já Bruno apoiou a eleição de Lula (PT).

Além de prestar queixa contra Ludmilla, Thiago postou em suas redes sociais vídeos de uma situação em que Ludmilla teria se recusado a dar autógrafos para fãs. "Infelizmente, existe gente querendo se promover em cima de uma causa séria. Se isso realmente fosse verdade, por que não denunciou? Antirracista de ocasião, hipócrita. Esse tipo de atitude banaliza a luta pela causa", escreveu ele.

"Não sabe o hino e ficou com raiva pelo meu voto! Votei CONTRA e votaria de novo! Vá aprender o hino nacional e seja humilde pra tirar foto com crianças do Vidigal, que você chamou de mal encarados', completou.


OLHO VIVO

O jurista, professor da USP e colunista da Folha Conrado Hübner Mendes recebeu convidados para o lançamento de seu mais novo livro, "O Discreto Charme da Magistocracia – Vícios e Disfarces do Judiciário Brasileiro" (Todavia), realizado na Faculdade de Direito da USP, na capital paulista, na noite de terça (21). A ex-vice-procuradora-geral da República Ela Wiecko e o ministro do TST (Tribunal Superior do Trabalho) Luiz Philippe Vieira de Mello Filho participaram de um bate-papo sobre a obra.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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