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Autor de CPI rebate arquidiocese, diz que padre Júlio não é a Igreja e afirma que não vai recuar

Órgão da Igreja Católica disse na noite de quarta (3) que acompanha a ofensiva 'com perplexidade'

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O vereador Rubinho Nunes (União Brasil), responsável pela criação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que tem como principal alvo o padre Júlio Lancellotti e sua atuação na região da cracolândia, em São Paulo, diz que "todos podem ser investigados" e que o pároco "não é a Arquidiocese, tampouco a Igreja Católica".

"Não vou recuar de maneira alguma", afirma ele à coluna. A possível instalação da CPI na Câmara Municipal de São Paulo provocou uma série de reações, inclusive da própria Arquidiocese de São Paulo.

Vereador Rubinho Nunes (União Brasil) durante sessão na Câmara Municipal de São Paulo
Vereador Rubinho Nunes (União Brasil) durante sessão na Câmara Municipal de São Paulo - Bruno Wilker-8.fev.2023/Divulgação

Como mostrou o Painel, o órgão da Igreja Católica disse na noite de quarta (3) que acompanha a ofensiva "com perplexidade". À coluna, o líder da bancada do PT, Senival Moura, afirmou que o partido iria obstruir a instalação CPI na Casa.

Nesta quinta (4), parlamentares que haviam assinado o requerimento para a abertura da comissão anunciaram que vão retirar o apoio à investigação. Questionado sobre o assunto, Rubinho contemporiza a movimentação.

"São naturais as reações adversas. E essa perseguição aos parlamentares só mostra que tem algo muito grande por trás", diz o parlamentar. "[A CPI] vai ser aberta. Boa parte [dos vereadores que assinaram o documento] se mantêm, estão apoiando."

"Eu respeito muito a Igreja, mas ela não é uma pessoa, ela não se confunde com o vigário. E, naturalmente, todos podem ser investigados, inclusive o Júlio. Ele não é a Arquidiocese, tampouco a Igreja."

Na CPI, Rubinho Nunes pretende investigar o Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, conhecida como Bompar, e o coletivo Craco Resiste. Ambos atuam junto à população em situação de rua e a dependentes químicos da região central da cidade, assim como o padre Júlio.

A Bompar é uma entidade filantrópica ligada à Igreja Católica e que já teve o padre Júlio como conselheiro. Já a Craco Resiste atua contra a violência policial na região da cracolândia.

Em dezembro, o pároco disse ao Painel que não tem qualquer incidência sobre as entidades e não atua em projetos conjuntos com elas. Ele ainda afirmou que não é do conselho da Bompar há 17 anos e que ocupava uma posição sem remuneração no conselho deliberativo da entidade.


SOM

O músico Totô de Babalong
O músico Totô de Babalong - Juliana Rocha/Divulgação

O músico Totô de Babalong lançará no próximo dia 10 o seu segundo álbum, "Pescoço Salgado". O trabalho é composto por oito composições próprias e conta com as participações especiais de Gaby Amarantos, Rachel Reis e RDD. Um dos destaques do disco é a faixa "Toca Metallica pra Mim", que foi inspirada na música folclórica argentina "El Baiano", interpretada por Soledad, e que narra a historia de uma menina que se apaixona por um músico baiano no Rio de Janeiro. Assim como na composição, Totô é baiano, mas mora na Cidade Maravilhosa.

com BIANKA VIEIRA (interina), KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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