Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Descrição de chapéu Eleições 2024

Vídeo mostra Boulos chegando de Celta à casa de Marta para debater aliança

Encontro ocorreu na casa da ex-senadora, na região dos Jardins, em São Paulo

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O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) se reuniu neste sábado (13) com a ex-prefeita e ex-senadora Marta Suplicy para discutir a aliança dos dois na disputa pela Prefeitura de São Paulo.

Esta foi a primeira vez em que os dois estiveram juntos desde que a chapa começou a ser discutida.

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, em sua chegada à casa de Marta Suplicy, na capital, neste sábado (13) - Divulgação

Um vídeo registrou o momento em que o pré-candidato chegou à casa de Marta, na região dos Jardins, na capital paulista. Boulos foi até o local com o seu Celta 2010, carinhosamente chamado por ele de "Celtinha", e estava acompanhado de sua mulher, a advogada Natalia Szermeta.

O marido de Marta, Márcio Toledo, e o ex-presidente do PT e deputado federal Rui Falcão (SP), um dos articuladores da aproximação, também participaram do encontro.

VEJA O VÍDEO DE BOULOS CHEGANDO À CASA DE MARTA:

Em entrevista do candidato do PSOL e em nota divulgada pela ex-prefeita depois do almoço, os dois exaltaram a importância de uma frente ampla, com recados contra o bolsonarismo, como mostrou a Folha.

"É uma aliança que está se construindo e não vai olhar para o passado, mas para o compromisso de presente e futuro", disse Boulos.

"A Marta agrega profundamente para o projeto que nós estamos construindo na cidade de São Paulo. A Marta agrega experiência administrativa, uma amplitude, essa ideia de uma frente democrática na cidade, que aliás foi a razão da ruptura dela com o governo atual do [prefeito] Ricardo Nunes."

O deputado disse que Marta não impôs condições para compor a chapa e que a conversa entre eles foi "extremamente amistosa, de troca de percepções sobre a cidade de São Paulo".

Agora ex-secretária municipal de Relações Internacionais de São Paulo, Marta deixou a gestão de Ricardo Nunes (MDB) na terça-feira (9), em um movimento que deve levá-la de volta ao PT e a ser vice de Boulos no pleito municipal.

O convite para que retornasse ao seu antigo partido e assumisse o posto de vice na chapa do psolista foi formalizado por Lula (PT) na segunda-feira (8), durante encontro realizado no Palácio do Planalto, em Brasília.

Durante todo o processo de aproximação entre ela e o PT, Ricardo Nunes deixou claro que não havia sido informado por sua secretária de seus movimentos, que eles nem sequer haviam conversado sobre o assunto e que ele ficava sabendo pela imprensa a respeito do avanço dessa costura política.

A possibilidade de que Marta voltasse ao PT para ser vice de Boulos foi revelada pela Folha em novembro.

Além disso, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou, também no fim de dezembro que seu partido e o ex-presidente estarão na campanha de Nunes —ficou acertado que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) definiria o nome do vice.

Ao entregar a Nunes sua carta de demissão, Marta afirmou que sua saída da gestão municipal foi de comum acordo e que seguiria "caminhos coerentes" com sua trajetória.

Ela ainda citou Bruno Covas (PSDB), prefeito que morreu em 2021 e que foi apoiado por ela na campanha no ano anterior, e disse que foi acolhida tanto pela equipe dele quanto pela de Nunes.

"Neste momento em que o cenário político de nossa cidade prenuncia uma nova conjuntura, diferente daquela que, em janeiro de 2021, tive a honra de ser convidada por Bruno Covas para assumir a Secretaria Municipal de Relações Internacionais, encaminho, nesta data, de comum acordo, meu pedido de demissão."

Marta também enumerou uma série de projetos e iniciativas que coordenou na secretaria e também faz agradecimentos à própria equipe. Ela encerra o texto com um "muito obrigada!" e sua assinatura.

A prefeitura, por sua vez, divulgou nota em que afirmou que "ficou decidido, em comum acordo, que ela deixa suas funções na Secretaria de Relações Internacionais". O texto, sucinto, não tem agradecimentos à agora ex-chefe da pasta.

Na reunião ocorrida entre os dois, o prefeito de São Paulo expôs a Marta seu incômodo por ter ficado durante 15 dias sabendo apenas pela imprensa, e não por ela, das articulações da ex-prefeita para voltar ao PT. Não houve brigas, e o clima foi tranquilo, segundo participantes.

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