Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Mulher de cotado para presidir a Vale já mandou Lula 'tomar no c.' em redes sociais

Mônica Schalka, mulher do presidente da Suzano, Walter Schalka, disse que petista pertencia a 'bando', que ficava feliz de não ser do mesmo grupo e que era de 'elite, sim, com muito orgulho, com muito amor'

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Uma pedra surgiu no caminho de um possível convite para que o executivo Walter Schalka assuma o comando da mineradora Vale: a mulher dele, Mônica Schalka, já mandou Lula "tomar no c." em um texto publicado em redes sociais.

Segundo o jornal Valor Econômico, Schalka, que está deixando a presidência da Suzano, foi sondado por um headhunter para presidir a Vale. A empresa, que é privada, tem o governo e fundos de pensão como sócios.

O empresário Walter Schalka e a mulher, Mônica Schalka, em evento no Museu Afro Brasil, em 2017
O empresário Walter Schalka e a mulher, Mônica Schalka, em evento no Museu Afro Brasil, em 2017 - Marcus Leoni - 24.jan.2017/ Folhapress

Assim que a informação foi divulgada, o texto de Mônica Schalka começou a circular em grupos de WhatsApp de empresários. Uma das mensagens dizia que a indicação do executivo seria "um sinal de grandeza do presidente Lula" diante do fato de já ter sido xingado pela mulher do executivo.

Questionados sobre a publicação, o executivo afirmou que não aceitará convite para comandar a Vale. Ela não quis comentar.

O texto foi divulgado em 2014, ano em que o Brasil sediou a Copa do Mundo e em que a presidente Dilma Rousseff foi xingada na abertura do evento pelos torcedores que receberam convites VIPs para entrar no estádio do Itaquerão.

"Já que xingar uma 'dama' é deselegante, no que concordo integralmente, ainda mais sendo ela uma autoridade, deixo para você minha indignação com o que tenta fazer deste país: Lula, vá tomar no c., você!", escreveu a mulher do executivo da Suzano.

O longo texto (leia a íntegra abaixo) viralizou nas redes sociais com o título "desabafo de uma dama da elite".


VEJA VÍDEO COM O TEXTO DE MÔNICA SCHALKA QUE VIRALIZOU NAS REDES SOCIAIS


Na carta aberta que escreveu a Lula, ela disse estar de "saco cheio de ouvir o tal do Lula falar em trabalhadores como se esses fossem uma classe específica de quem recebe baixos salários".

"Sou casada há quase 30 anos com um super-trabalhador [Walter Schalka]. Entrou em uma faculdade de primeiríssima aos 16 anos, formou-se aos 21, aos 24 anos já sustentava uma família e, desde então, tem trabalhado ininterruptamente. Por mais de 30 anos, senhor Lula, esse trabalhador acorda todos dias às seis e meia da manhã. Cumpre uma jornada de 10 a 12 horas diárias de trabalho. Finais de semana dedicados à empresa são rotina", escreveu ela.

Texto publicado por Mônica Schalka em 2014 - Reprodução

E seguiu: "[O marido] Paga impostos milionários que só Deus —e talvez você e seu bando— saibam para onde vão.

Passou a vida inteira se aprimorando em estudos e criou três filhos dentro desses mesmos valores. Filhos estudiosos e já trabalhadores também, colaborando em impostos e avanços em nossa sociedade. Portanto, Sr. Lula, ainda no embalo dos jargões da semana, hoje somos elite, sim! Com muito orgulho, com muito amor e, acima de tudo, com muito esforço.

Nos tornamos elite às custas de empenho, sacrifícios e muita dedicação. Em minha casa, meus filhos quando querem evoluir, trancam-se em um quarto e estudam.

E estudam muito. E dessa forma galgam novos patamares.

Algo bem distinto do que o 'prodígio' Lulinha faz…
Assim, já que xingar uma 'dama' [Dilma] é deselegante, no que concordo integralmente, ainda mais sendo ela uma autoridade, deixo para você minha indignação com o que tenta fazer deste país: Lula, vá tomar no c., você!

Com todas as poucas letras que a palavra contém. (Chego até lamentar serem tão poucas)".


Nos parágrafos finais, ela diz: "Acompanha uma fotinho minha, bem de elite, sim [que foi publicada junto com o texto]. O colar que está no pescoço, porém, não o tenho mais, pois foi levado por um assaltante que deixou bem claro que 'se nem o presidente estuda e rouba pra caralho, por que eu também não posso fazer o mesmo?'.

Como vê, Sr. Lula, existem trabalhadores e 'trabalhadores'.

Fico feliz por não fazer parte do mesmo grupo que você e o meu (seu) assaltante. E aos amigos que nunca me viram usar de palavrão, deixo aqui minhas desculpas. Espero que entendam essa exceção".


CHEGUEI

A vice-presidente da Cimed, Karla Marques Felmanas, recebeu convidados para o lançamento de seu livro "Oi, Tchurma", realizado na Livraria da Travessa do Shopping Iguatemi, em São Paulo, na semana passada. O diretor criativo Giovanni Bianco esteve lá. O sócio-diretor da XP Rafael Furlanetti também compareceu.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH; colaborou LUANA LISBOA

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