O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) foi acionado para investigar a ação da Polícia Militar (PM) após uma criança ter sido baleada em Paraisópolis, na zona sul da capital paulista, na manhã desta quarta-feira (17).
Ela foi atingida por um disparo enquanto ia para a escola. De acordo com uma liderança comunitária, havia uma operação da PM na comunidade no momento em que a criança foi atingida.
Já a SSP (Secretaria da Segurança Pública) afirma que policiais militares faziam patrulhamento quando foram recebidos a tiros por criminosos.
O porta-voz da corporação afirmou, em entrevista coletiva nesta noite, que o tiro não partiu da Polícia Militar. Uma viatura realizava ação de patrulhamento no momento da ocorrência e três agentes teriam trocado tiros com criminosos.
Mesmo negando a autoria de um disparo contra a vítima, a PM desconhece o que feriu o menino e coloca em dúvida até ter sido arma de fogo.
"Não sabemos ainda o que feriu essa criança, pode ser sido um disparo dos bandidos ou pedaço de reboco, estilhaço ou uma queda", disse o coronel Massera, chefe da comunicação social da PM. "As imagens das câmeras corporais, porém, nos dão certeza de que o menino não estava na linha de ação dos policiais", acrescentou.
A ação, apresentada pela Bancada Feminista, mandato coletivo do PSOL na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), pede que seja instaurado um inquérito civil "para averiguar a legalidade e constitucionalidade da atuação policial".
"Não podemos normalizar crianças sendo baleadas por PMs nos bairros de São Paulo", afirma a deputada estadual do mandato Paula Nunes.
A criança passava pela rua Ernest Renan quando foi atingida pelo disparo na cabeça. Ainda não se sabe de onde partiu o tiro que a atingiu. Ela foi levada pelos militares para a AMA Paraisópolis e depois transferida para o Hospital do Campo Limpo.
O caso foi registrado no 89º DP (Portal do Morumbi).
A Secretaria Municipal de Saúde afirmou que o estado de saúde da criança é estável e ela está recebendo todos os cuidados necessários. O resultado da tomografia do menino também foi divulgado na coletiva. O exame rechaçou lesão contundente e necessidade de intervenção cirúrgica.
A Ouvidoria das Polícias pediu à Corregedoria da PM o afastamento dos policiais envolvidos, "uma vez que imagens recebidas por esta corregedoria mostram policiais em ações que viriam a obstruir o trabalho de perícia no local".
LUZ NA PASSARELA
A estilista Gloria Coelho recebeu convidados para o desfile de sua grife na São Paulo Fashion Week, realizado no domingo (14), na capital paulista. A empresária e consultora de moda Gloria Kalil esteve lá. A modelo e ex-miss Brasil Raissa Santana também compareceu.
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
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