Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Descrição de chapéu LGBTQIA+

PL quer cassar vereadora do PSOL que acusou colega de LGBTfobia

Luana Alves (PSOL) discutiu com Rute Costa (PL), que criticou presença de crianças na Parada LGBT+

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A bancada do PL (Partido Liberal) na Câmara Municipal de São Paulo acionou a Corregedoria da Casa contra a vereadora do PSOL Luana Alves pedindo a suspensão do seu mandato, após uma discussão sobre a presença de crianças na Parada LGBTQIA+ da capital paulista.

Os parlamentares acusam Luana de quebra de decoro parlamentar e de ter cometido calúnia contra a vereadora Rute Costa (PL). A denúncia diz que a psolista supostamente distorceu a fala de sua colega em sessão da Casa no dia 5 de junho.

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Público estende bandeira durante a 23ª Parada do Orgulho LGBT, na avenida Paulista, em São Paulo - Eduardo Anizelli/Eduardo Anizelli - 23.jun.2019/Folhapress

Na ocasião, Rute criticou a presença de crianças na Parada durante discurso no plenário da Câmara. "O que é orgulho para uns, é tristeza para outros. No domingo [2 de junho], houve passeata na Paulista, e eu vi com muita tristeza crianças sendo levadas pela mão, no meio daquele movimento", afirmou a parlamentar.

E seguiu: "As pessoas são livres para fazer da vida delas o que quiserem, mas, utilizar a infância, isso para mim é infame e covarde". A vereadora do PL, então, clamou para que as autoridades públicas e o Conselho Tutelar tomassem posição sobre o assunto.

Luana, que se declara bissexual e é casada com uma mulher, reagiu à fala da colega e rebateu: "É um absurdo o que a senhora está dizendo. De que [tipo de] ambiente a senhora está falando? O que a vereadora Rute acabou de falar é muito grave e contribui para a LGBTfobia neste país."

"Se vossa excelência for ao Conselho Tutelar questionar pessoas que levaram seus filhos para a Parada LGBT+, que é direito delas, [...] vossa excelência vai responder criminalmente. É isso o que vai acontecer", disse a psolista.

Na denúncia enviada à Corregedoria, a bancada do PL afirma que a parada LGBTQIA+ é marcada pela "grande circulação de bebidas alcoólicas, uso de drogas ilícitas, desnudes, venda de produtos eróticos, sexualização e erotização".

Marlene Bergamo/Folhapress
A vereadora Luana Alves - Marlene Bergamo/Marlene Bergamo

E que, portanto, não seria um ambiente adequado para crianças. Os parlamentares dizem também que a fala de Rute não "desrespeitou ou fez referência às escolhas sexuais ou às identidades de gênero dos adultos presentes no referido movimento".

"Diante do exposto, as falas da representada [Luana Alves] em face a representante vereadora Rute Costa, possuem caráter acusatório e calunioso por imputar inveridicamente que as falas proferidas pela parlamentar eram transfóbicas".

A Corregedoria é composta por sete parlamentares. O presidente do colegiado, Rubinho Nunes (União Brasil), nomeará um relator que vai dar um parecer pela procedência ou pelo arquivamento da representação.

Se a denúncia for aceita, a vereadora Luana apresentará sua defesa e haverá uma sessão para votação.


FELIZ, ALEGRE E FORTE

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, marcou presença na cerimônia de outorga do título de doutora honoris causa da USP (Universidade de São Paulo) à cantora Marisa Monte, que foi realizada na sede da instituição, na tarde de segunda-feira (24), em São Paulo. A cardiologista Ludhmila Hajjar, professora titular da mesma instituição e uma das maiores apoiadoras da homenagem, participou da solenidade. O reitor da universidade, Carlos Gilberto Carlotti Junior, chancelou a entrega do título.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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