Mônica Bergamo

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Governo Lula já calcula impacto de vitória de Trump para o Brasil

Debate entre ex-presidente e Joe Biden na CNN foi acompanhado com atenção por ministros

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Ministros e integrantes do governo Lula já fazem os cálculos do que pode acontecer caso Donald Trump, e não Joe Biden, vença as eleições norte-americanas em novembro.

Donald Trump e Joe Biden durante debate presidencial promovido pela CNN em Atlanta, na Geórgia - Brian Snyder - 27.jun.24/Reuters/REUTERS

Integrantes do alto escalão do governo assistiram com atenção ao confronto entre os dois candidatos na quinta (27), na CNN. E acompanharam toda a sequência de debates sobre a aparente fragilidade física de Biden, com o propalado pânico que teria se abatido sobre o partido democrata —e as inevitáveis especulações sobre uma possível troca de candidato diante da constatação de que o atual presidente pode não dar conta do embate.

De acordo com análises feitas por integrantes do governo à coluna, se Biden superar os desafios e ganhar, ou mesmo se um outro candidato democrata que o substitua vencer, tudo fica como está. Lula e Biden não têm uma relação de maior proximidade, mas tampouco de animosidade.

Lula declarou nesta semana em entrevista à rádio Itatiaia, de Minas Gerais, que torce pela vitória do democrata porque "Biden é a certeza de que os EUA vão continuar respeitando a democracia".

Já com Trump os impactos seriam significativos.

O primeiro deles seria nas relações do Brasil com a Argentina, que tenderiam a piorar.

Por essa análise, o novo presidente dos EUA correria para ajudar a melhorar a situação econômica do país vizinho, hoje por um fio.

O atual presidente da Argentina, Javier Milei, precisaria desesperadamente de dólares para manter o câmbio nos patamares atuais e conter a inflação. E Trump trataria de providenciar esses dólares para ajudar o colega conservador.

Faria isso impulsionando investimentos e acordos comerciais e financeiros bilaterais com a Argentina –em detrimento do Brasil.

Milei seria fortalecido —e poderia endurecer mais com o governo Lula. O argentino já chamou o petista de ladrão, e os dois hoje não se falam.

A vitória de Trump fortaleceria não apenas Milei, mas a extrema-direita de todo o mundo, e dividiria de vez o planeta —o que claramente prejudicaria o governo Lula no âmbito internacional.

Intervenções de Lula em temas como a guerra de Israel contra a Faixa de Gaza, por exemplo, poderiam ser abertamente censuradas por Trump, o que hoje não ocorre com Biden.

Trump tem ainda uma identidade forte com os bolsonaristas, que se apoiam nele e em parlamentares republicanos para fortalecer a sua política no Brasil.

Neste ano, um grupo de deputados bolsonaristas foi ao Congresso dos EUA para apresentar supostas denúncias contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Eles foram ouvidos em uma sessão temática organizada pelo deputado republicano Chris Smith, que preside a subcomissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.

Smith posteriormente enviou uma carta com questionamentos a Alexandre de Moraes –que foi solenemente ignorada.


DE VOLTA PRA CASA

Uma mulher está de pé em uma área pavimentada ao ar livre, com uma montanha ao fundo. Ela está vestindo uma camisa branca de mangas compridas e calças largas de cor clara, com as mãos nos bolsos. Ela segura um par de óculos de sol em uma das mãos. Atrás dela, há uma área gramada e várias árvores, com um céu azul e algumas nuvens brancas
A atriz Malu Mader como Aurora em "Renascer" - Fabio Rocha/TV Globo/Divulgação

A atriz Malu Mader posou caracterizada como Aurora, personagem que vai se envolver com José Inocêncio (Marcos Palmeira) nos próximos capítulos de "Renascer". A participação na trama marca o retorno da artista às novelas da Globo após seis anos. Malu enumera alguns fatores que pesaram para a sua volta aos folhetins, como o fato de se tratar de um remake de uma história assinada por Benedito Ruy Barbosa. "Achava que era uma falha da minha trajetória nunca ter feito uma novela dele e agora surgiu a oportunidade através da adaptação do Bruno Luperi [neto do autor]", diz.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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