Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Marta deve começar no banco de reserva na final de futebol contra os EUA em Paris

Sem ela, seleção brasileira de futebol feminino derrotou a França e a Espanha e no sábado (10) disputa o ouro

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Paris

A jogadora Marta deve ficar no banco de reserva no começo da partida do Brasil contra a seleção dos EUA, no sábado (10).

A decisão final deve ser anunciada horas antes do jogo, mas de acordo com integrante da delegação brasileira que está em Paris, apenas se algo muito diferente acontecer a comissão técnica mudará o rumo. Ainda faltam dois dias de treino antes da final.

Duas jogadoras de futebol estão se abraçando em um momento de celebração. A jogadora à esquerda usa a camisa amarela com o número 16, enquanto a jogadora à direita, Marta, veste uma camisa amarela com o número 10. Ambas estão sorrindo e demonstrando alegria
Jogadora Marta comemora gol de Gabi Nunes no jogo de estreia da seleção brasileira feminina contra a Nigéria, na fase de grupos, nas Olimpíadas de Paris 2024 - Susana Vera/Reuters

A ideia é que a evolução do jogo contra as americanas defina se, e quando, a maior jogadora de todos os tempos do futebol feminino entrará em campo.

A ideia é que ela seja poupada e que isso aconteça nos últimos 30 minutos de jogo —quando ela poderia entrar em campo revigorada. E se for mesmo necessário.

De acordo com relato que o mesmo integrante fez à coluna, ficou perceptível que o time brasileiro ficou mais consistente sem Marta. Melhorou muito, nas palavras desse profissional.

Com ela suspensa, a seleção conseguiu vencer a França em casa, e ganhou de 4 a 2 da Espanha, considerada até então o melhor time do mundo.

Sem Marta, a composição tática fortaleceu a defesa, e houve mais rapidez na saída para o contra-ataque, diz o mesmo membro da delegação.

A craque seria muito habilidosa com a bola. Mas, aos 38 anos, já não teria o vigor de antes. Sem ela, o grupo ficaria mais consistente.

A seleção brasileira chegou às Olimpíadas de Paris descreditada, mas deu a volta por cima.

Em entrevista à coluna antes dos jogos, o técnico Arthur Elias disse que adotava a estratégia de não trabalhar com time titular, e que rodava as jogadoras para que todas estivessem preparadas para o que der e vier nas competições.

"O futebol passou recentemente por muitas mudanças, e eu acredito que teremos em breve um número de substituições maior, com um elenco mais numeroso de atletas para essas competições", disse ele.

"O futebol já não permite que você jogue com 11 atletas, e depois de um curto tempo de descanso, repita as 11 mesmas atletas. Para ter qualidade, eu rodo muito o elenco, uso elas em jogos diferentes", completou.

Questionado então sobre a baixa expectativa de torcida e analistas quanto aos resultados do futebol feminino nos Jogos Olímpicos, ele afirmou: "Esta análise, que é feita pela imprensa e pelo público, talvez se deva muito mais a resultados anteriores da seleção. Mas a minha expectativa é alta. E a do grupo também. Mais do que expectativa, trazer uma medalha para o Brasil é o nosso objetivo".

Ainda que sofra uma derrota, as jogadoras comandadas por Elias voltarão com uma medalha, a de prata, no peito.

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