Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá

Nos EUA, guerras comercial e militar já se misturam

Nomeação de belicistas por Trump faz prever confrontos do Irã à Venezuela

Nelson de Sá
São Paulo

Os Estados Unidos agora “ameaçam com confronto armado os que não aceitam as suas exigências”, destacou o New York Times de domingo, sobre a nomeação de belicistas por Donald Trump.

Os “testes” mais imediatos serão a Coreia do Norte e o Irã. O Miami Herald acrescenta um terceiro, a Venezuela.

Na Rússia, cuja imprensa foi tomada por rumores de confronto com os EUA na Síria, o chanceler Serguei Lavrov disse ao Kommersant que não se preocupa com figuras como John Bolton, que vai para Segurança Nacional nos EUA:

“Ele seguirá a linha de Trump, que, apesar de tudo, como confirmou ao presidente Putin, visa normalizar as relações com a Rússia.”

Na frente ainda comercial entre EUA e China, o South China Morning Post listou os setores a serem atingidos pelo contra-ataque de Pequim: a soja do Meio-Oeste, os automóveis da GM, que vende mais na China que nos EUA, e os aviões da Boeing, que vende lá 26% da produção.

Wall Street Journal e Financial Times noticiam que os tambores de guerra, tanto comercial como militar, já fazem subir preços de commodities como petróleo e soja.

Reprodução/60 Minutes

INTIMIDAÇÃO

Esforçando-se para não rir com a atriz pornô Stormy Daniels no 60 Minutes, da CBS, o entrevistador Anderson Cooper destacou depois as "táticas de intimidação" de Trump, prevendo que vem ‘mais por aí’, em revelações semelhantes.

CATALUNHA

Na manchete do madrilenho El País, “Queda de Puigdemont liquida a farsa do governo no exílio”.

Já nas manchetes dos alemães Süddeutsche e Frankfurter Algemeine, os protestos em Barcelona, reprimidos com violência por Madri. E nas análises logo abaixo, respectivamente, “Alemanha tem seu primeiro preso político” e “Detenção não é substituto para uma oferta séria de autonomia”.

O DECLÍNIO DA DEMOCRACIA BRASILEIRA

Do prefeito de Nova York, Bill de Blasio, via Twitter: “O assassinato de Marielle Franco mostra o declínio da democracia brasileira e a opressão das pessoas de ascendência africana”.

Ele defende “cobrar a verdade” sobre envolvimento de autoridades públicas no assassinato.

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