Secretário do Tesouro dos EUA diz que Trump não tem medo de guerra comercial

A declaração ocorre após telefonema com o vice-primeiro ministro chinês, neste sábado (24)

Steve Mnuchin, secretário do Tesouro dos Estados Unidos
Steve Mnuchin, secretário do Tesouro dos Estados Unidos - Rodrigo Garrido/Reuters
Reuters

Apesar das ameaças de retaliação da China aos planos dos Estados Unidos de impor tarifas de importação sobre US$ 60 bilhões em produtos chineses, o secretário norte-americano do Tesouro, Steve Mnuchin, disse neste domingo (25) que o presidente Donald Trump não tem intenção de recuar e que não tem preocupação sobre uma guerra comercial.

"Vamos prosseguir com as tarifas. Estamos trabalhando nisso", disse Mnuchin à emissora Fox News, neste domingo. "Então, como afirma o presidente Trump, não temos receio sobre uma guerra comercial, mas este não é nosso objetivo."

No sábado (24), o secretário recebera um telefonema do o vice-primeiro ministro Liu He. Na conversa, o chinês teria dito que os Estados Unidos desrespeitaram as regras comerciais com uma investigação sobre propriedade intelectual, e que a China defenderá seus interesses, informou a mídia estatal do país. 

Receios sobre uma guerra comercial entre Estados Unidos e China fizeram os preços de ações nos EUA despencarem. O índice Dow Jones e o S&P 500 perderam cada um quase 6% na semana passada.

Um memorando presidencial assinado por Trump na semana passada afirma que os EUA vão impor tarifas sobre US$ 60 bilhões em importações de produtos chineses. O documento cita uso indevido de propriedade intelectual norte-americana. As tarifas serão impostas após uma consulta de 30 dias.

Trump deu a departamento do Tesouro 60 dias para desenvolver restrições de investimento direcionadas para evitar que companhias e fundos controlados pela China comprem empresas norte-americanas que desenvolveram tecnologias importantes.

Mnuchin afirmou que acredita que os EUA podem alcançar um acordo com a China sobre algumas questões, mas afirmou que as tarifas não serão suspensas "a menos que tenhamos um acordo aceitável que o presidente possa assinar".

Sem informar um prazo, o ministério do Comércio da China afirmou que Pequim poderá impor uma tarifa de 25% sobre carne suína exportada pelos EUA.

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