Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu Eleições 2018

The Economist sai em defesa do liberalismo e vira The Communist

Análise da Bloomberg diz que, para quem sabe investir no Brasil, o eventual eleito 'não importa'

Acima, entre as reações de brasileiros à revista, no Twitter, 'Cala a boca, A Comunista'

O editorial da Economist, com enunciados como “Ele seria um presidente desastroso”, foi um alerta aos liberais brasileiros, que vinham se acercando do candidato devido ao que a revista chama de “a tentação de Pinochet”.

Há uma semana, a Economist celebrou seus 175 anos com um “Manifesto pela renovação do liberalismo”, bandeira que carrega desde setembro de 1843.

Agora, aconselha os “eleitores de classe média e alta” brasileiros a não se deixarem enganar, diante das “ideias sociais iliberais” de Bolsonaro. Em especial, sua “admiração por ditadura” e por Brilhante Ustra, “comandante de uma unidade responsável por 500 casos de tortura e 40 assassinatos”.

Acrescentou que Pinochet foi “um governante brutal” a partir dos anos 1970. Que foi assessorado pelos “Chicago Boys”, liberais econômicos que “ajudaram a preparar o terreno para a prosperidade relativa de hoje no Chile, mas a um custo humano e social terrível”.

EFEITO LULA

Veículos como Rede Brasil Atual cobriram a visita de Noam Chomsky a Lula, destacando, do intelectual e ativista americano: “É encorajador encontrá-lo e passar um tempo com ele, que por direito deveria ser o presidente do Brasil”.

E a Bloomberg enviou despacho sobre “O efeito Lula”, destacando: “Ele pode estar fora do poder há oito anos e definhar no momento numa cela de prisão, mas continua a dominar as eleições deste ano, como fez nas últimas cinco”.

NÃO IMPORTA

A mesma Bloomberg distribuiu longa análise, de Matthew Winkler, cofundador do serviço de notícias ao lado de Michael Bloomberg, intitulada “Preços de commodities superam política para investidores no Brasil”. Diz que “os mais bem-sucedidos” atentam mais para os “ciclos de commodities” —detalhando como FHC, Lula, Dilma e Temer devem seus altos e baixos a eles.

Por fim, pergunta ao fundo de investimentos Alaska sobre este ou aquele eventual eleito em outubro, ouvindo como resposta: “It doesn’t matter”, não importa.

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