Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá

Americanos ainda se dividem sobre 'veredito de Trump'

Oposição deve ganhar maioria na Câmara, mas Senado pode continuar com governistas

As novas pesquisas de Wall Street Journal, com NBC, e Washington Post, com ABC, mostraram “a mesma coisa”: cerca de sete pontos de vantagem para os democratas.

E as “unânimes” organizações de projeção, Cook Political Report, Crystal Ball e FiveThirtyEight, antecipam maioria democrata na Câmara.

A partir daí, as narrativas para o “veredito de Trump”, como chamou o New York Times na manchete do jornal impresso, divergem.

À direita, em suas manchetes digitais ao longo do domingo, WSJ e Drudge Report apontam para um “veredito misto” ou “dividido” de Trump na terça, com os republicanos mantendo a maioria no Senado.

O NYT fala em “nação dividida”, mas acrescenta que, “assim como existe um consenso nos dois partidos de que os democratas devem ganhar 35 cadeiras na Câmara, existe uma visão bipartidária de que a perspectiva para o Senado é... bem menos clara”.

NAZISMO LÁ

Na capa da revista de domingo do NYT (acima), instituições mostraram "indiferença" por duas décadas e agora EUA enfrentam agora uma "metástase" do extremismo racista.

VERGONHA

Lachlan Murdoch, copresidente das empresas do pai, Rupert, foi questionado por Ken Auletta, da New Yorker, se sentia “vergonha pelo que eles fazem” na Fox News, o canal de notícias pró-Trump. Resposta:

"Não me envergonho do que eles fazem, de maneira nenhuma. Nós todos temos que ser mais tolerantes com as visões uns dos outros.”

AUDIÊNCIA

O presidente da CNN, Jeff Zucker, defendeu a atenção de sua cobertura a Trump —que ele levou para a TV em 2004, quando dirigia a NBC. Dele, à Vanity Fair:

"As pessoas dizem o tempo todo, ‘Ah, não quero falar de Trump, cansei de Trump’. Mas tudo o que querem fazer é falar de Trump. Nós vemos isso, toda vez que você sai de Trump para cobrir outros acontecimentos, a audiência vai embora.”

SANDERS E A INTERNACIONAL

O senador americano Bernie Sanders reagiu aos elogios do governo Trump a Bolsonaro, “autoritário de extrema direita que elogiou a ditadura militar e se referiu a ativistas negros como animais”.

Sanders, antes da eleição brasileira, soltou um manifesto por Guardian (ilustração acima) e outros, em que propôs uma "frente":

“Para combater a ascensão do eixo autoritário internacional, nós precisamos de um movimento progressista internacional com uma visão de prosperidade, segurança e dignidade para todas as pessoas.”

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