Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá

Por todo lado, 'o centro fica perdendo' para a direita (e a esquerda)

Alemanha mostra como a esquerda também pode se beneficiar do declínio do establishment, diz NYT

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O cartunista Patrick Chappatte publicou a imagem acima no NYT com o enunciado ‘A mudança do Brasil para a ditadura’

A sete dias da eleição legislativa nos EUA, New York Times, Wall Street Journal e Associated Press produziram longas análises sobre os resultados do fim de semana na Alemanha e no Brasil.

“O centro fica perdendo” foi o título da coluna de David Leonhardt no NYT, acrescentando: “Mas a Alemanha mostra como a esquerda também pode se beneficiar do declínio do establishment”. Não é o caso do Brasil, onde Bolsonaro terá “um Congresso dividido”.

Gerald F. Seib, em vídeo no WSJ, falou que nas “duas grandes democracias” se viu desejo de mudança. E na Alemanha “isso abre porta para partidos” mais à direita, mas também “da esquerda”, com os verdes podendo no futuro “até montar nova coalizão para governar”.

A AP, com chamada no Drudge Report, sob o título “Fúria contra a elite”, ouviu analistas que veem a ascensão de partidos “anti-establishment” à direita e à esquerda na Europa —e enfatizam a sombra de derrota dos centristas na eleição para o Parlamento Europeu.

‘APARENTEMENTE’

O Huanqiu ou Global Times, tabloide estridente ligado ao PC chinês, publicou editorial sobre o Brasil, cheio de avisos. Por exemplo, sobre Taiwan, que Bolsonaro visitou: “Sua viagem causou a ira de Pequim. Se ele continuar a desconsiderar o princípio básico sobre Taiwan, isso aparentemente custará muito ao Brasil”.

Outro: “É inconcebível que o governo Bolsonaro desista do mercado chinês”, com o qual o Brasil tem seu “maior superávit comercial”.

WSJ & BOLSONARO

O WSJ publicou a longa reportagem “Militares brasileiros prestes a ampliar influência” e, por outro lado, o editorial “Esperança e mudança de Bolsonaro”. No segundo, entre elogios ao presidente eleito e a Paulo Guedes, diz que “o melhor remédio seria a privatização ao estilo do Chile” de Pinochet.

No final: “Os brasileiros não votaram pelo fascismo ou por um golpe militar. Eles votaram por esperança e mudança, e vão jogar fora o senhor Bolsonaro se ele não honrar suas promessas”.

‘ME’

FHC escreveu para a seção The World Post, no site do Washington Post, sob o enunciado “Como o impensável aconteceu no Brasil”.

Em suma: “Não é de admirar que o sistema político tenha desmoronado. Dos quatro presidentes eleitos depois da entrada em vigor da Constituição de 1988, dois foram impugnados, um está preso por corrupção e o outro sou eu”.

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