No enunciado do Facebook, para a transcrição e o vídeo destacados na própria rede social, “Mark Zuckerberg se levanta por voz e liberdade de expressão”.
Foi o discurso de meia hora que o dono do Facebook fez nesta quinta em Washington, com direito à bandeira americana no palco, em que declarou, por exemplo:
“Pessoas tendo o poder de se expressar em escala são um novo tipo de força no mundo. Um Quinto Estado, ao lado de outras estruturas de poder da sociedade.”
O pronunciamento foi recebido como reação ao cerco do Facebook por instituições como o Executivo e o Legislativo e também a imprensa, o Quarto Estado.
Veio no rastro das críticas de Trump e outros que ameaçam regular o Facebook —e inviabilizar seu projeto de moeda virtual, Libra. Também no rastro das críticas democratas que cobram que deixe de publicar desinformação.
Para se defender, Zuckerberg contrastou o Facebook com a censura na China e em seu concorrente chinês TikTok, mas logo New York Times e outros notaram que “ele tentou [entrar no mercado chinês] durante anos, sem sucesso, para turbinar seus negócios”.
.
ZUCK & FOX NEWS
Embora tenha falado ao NYT e ao Washington Post, reforçando o discurso, a carga mais esperada de Zuckerbeg será na noite desta sexta, com uma entrevista à Fox News.
Como noticiou o site Politico no início da semana, ele vem se reunindo com âncoras da Fox News, como Tucker Carlson, entre dezenas de referências conservadoras.
EM TODO O MUNDO
O Wall Street Journal destacou que a insistência de Zuckerberg em não questionar os comerciais de políticos no Facebook, ainda que espalhem mentiras, terá consequências “sobre a campanha nos EUA e sobre movimentos sociais em todo o mundo”.
POLICHINELO
O reconhecimento por Carlos Bolsonaro de que escreveu um tuíte em nome do presidente da República repercutiu de imediato na França, por Le Figaro e outros.
“Era um segredo de polichinelo, agora é oficial”, ironizou a agência France Presse, lembrando que Carlos também é chamado de “pitbull de Jair Bolsonaro”.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.