No Wall Street Journal, fechando o ano, “Receita da Huawei bate recorde em 2019 apesar da campanha nos EUA” contra a gigante chinesa ao redor do mundo, inclusive no Brasil.
Já o Caixin, equivalente chinês do americano WSJ, deu pouca atenção à receita, concentrando-se nas últimas notícias sobre a empresa na Índia, segundo maior mercado de internet móvel no mundo, só atrás da própria China.
Fechando 2019, “Huawei recebe o sinal verde da Índia para testes com 5G”, informou, com a imagem abaixo. A permissão foi revelada por um canal indiano de notícias financeiras, CNBC-TV18, sublinhando que saiu "apesar da oposição dos EUA".
Os testes serão feitos neste mês, e o leilão dos serviços 5G deve acontecer “antes de março”. Já o Brasil adiou para o segundo semestre, talvez 2021.
HUAWEI SEM GOOGLE
O Caixin também destacou que a Huawei, cujos celulares haviam sido proibidos pelos EUA de usar o sistema operacional e aplicativos do Google, vai lançar na Índia suas alternativas a todos os serviços do Google, como fez há pouco no mercado chinês.
A notícia, que saiu antes no indiano Economic Times, acrescenta que o próximo passo será levar o Huawei sem Google para a Europa.
ASSINATURA, ENFIM
Ao fundo, Donald Trump tuitou, para chamadas imediatas por WSJ e New York Times, que finalmente vai assinar a “Fase Um” do acordo comercial com a China, no próximo dia 15, na Casa Branca.
“Representantes de alto nível da China estarão presentes”, escreveu ele. “Em data mais à frente, eu vou a Pequim, onde começarão as conversas para a Fase Dois!”
Ao longo de 2019, por Reuters e outras, ele indicou que gostaria de incluir a Huawei num acordo que encerrasse a guerra comercial. E lamentou via Twitter que as empresas americanas estivessem ficando "atrasadas", requerendo "bloquear tecnologia mais avançadas".
‘TENSÃO’
Fechando o ano nas manchetes digitais de NYT e WSJ, mas sem tanta atenção no resto do mundo, “Cantando ‘Morte aos EUA’, manifestantes atacam embaixada americana em Bagdá”, no Iraque, e “Trump responsabiliza Irã”.
Logo abaixo, em ambos os jornais, “Ataques aéreos americanos”, que mataram pelo menos 22 no dia anterior, “mobilizaram iraquianos contra EUA”.
Já o Washington Post ressaltou que a chegada de policiais iraquianos “aliviou a tensão” na embaixada.
40 ANOS ANTES
Por coincidência, longa reportagem no NYT revelou no fim de semana que o estopim para a ocupação da embaixada dos EUA no Irã, em 1979, havia sido resultado de pressão bem-sucedida do banqueiro David Rockefeller sobre a Casa Branca, para permitir a entrada no país do xá Reza Pahlavi.
Derrubado no Irã, era “um dos clientes mais lucrativos do banco Chase”.
ENQUANTO ISSO
Em destaque no chinês Global Times/Huanqiu na véspera de ano novo, a reunião dos chanceleres do Irã e da China em Pequim para tratar da relação estratégica dos dois países.
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