Setenta por cento dos jornalistas veem os impactos psicológicos e emocionais de lidar com a crise da Covid-19 como aspecto mais difícil de seu trabalho durante o período.
É o que destaca levantamento do Centro Internacional para Jornalistas (ICFJ) e do Centro Tow para Jornalismo Digital, da Universidade Columbia, com a imagem abaixo, junto a 1.406 profissionais de 125 países, em maio e junho, durante o que chama de "primeira onda" da pandemia.
O Brasil é o quinto com maior representação no preenchimento dos formulários em inglês, atrás de, pela ordem, EUA, Índia, Nigéria e Reino Unido. As respostas em chinês, português e outras línguas serão acrescentadas em relatório maior, posteriormente.
Logo abaixo dos impactos psicológicos e emocionais, 67% dos entrevistados apontaram as preocupações financeiras como dificuldade significativa, seguida da intensa carga de trabalho, com 64%.
Sobre as empresas em que trabalham, 43% dos que disseram ter "conhecimento das perdas financeiras das organizações" afirmaram que a receita teria caído 50% ou mais desde o início da pandemia.
Desinformação
Oitenta e um por centro relataram encontrar fake news pelo menos uma vez por semana. As maiores fontes de desinformação seriam cidadãos comuns (49%) e líderes políticos (46%).
Emily Bell, diretora do Centro Tow, sublinhou que, "de maneira interessante, 'agentes estrangeiros' como fontes de desinformação são tratados como problema menor". São citados por apenas 8%, apesar da intensa cobertura.
Entre as plataformas que mais espalham notícia falsa, os jornalistas apontam o Facebook na frente (66%), seguido de Twitter, WhatsApp e YouTube.
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