Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu Coronavírus

Sinovac recebe 'grande atenção'; país racha por vacinas

Global Times avisa que dose vai custar mais que US$ 2; Washington Post vê 'crescente ceticismo' com vacinação

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O correspondente do Huanqiu/Global Times no Brasil, Li Xiaoxiao, despachou reportagem sobre a "grande atenção" dada à vacina chinesa, em texto reproduzido por portais como Sina.

Citou, do diretor do Instituto Butantã, que nunca um teste de vacina disparou tamanho interesse público. Por outro lado, ouviu do laboratório Sinovac que ela não deverá sair por apenas US$ 2 a dose, como estaria sendo veiculado.

No Washington Post, unidade de empacotamento da Sinovac, em Pequim - Reuters

Já o correspondente do Washington Post, Terrence McCoy, reportou o "crescente ceticismo" em torno da vacinação contra Covid-19.

Médicos como Larissa Itaborahy enfrentam "guerra em duas frentes", contra o vírus e a desinformação. Ela própria participa dos testes clínicos com a vacina chinesa, em parte, para combater a segunda.

Com a imagem acima, o jornal publica que os brasileiros vêm se dividindo entre os que apoiam a chinesa, bancada por São Paulo, e a britânica, do laboratório AstraZeneca, pelo governo federal.

E cita pesquisa Wellcome Global Monitor mostrando que 97%, no ano passado, diziam acreditar na importância da vacinação no país. O número caiu agora para 76%.

RACHA TAMBÉM NOS EUA

No Financial Times, "EUA não devem aprovar vacina baseada em testes no Reino Unido, diz Pelosi", oposicionista que comanda a Câmara. Seria referência à AstraZeneca, cujos testes americanos foram paralisados, mas voltaram no Reino Unido e Brasil. Trump pressiona por uma vacina antes da eleição.

O FT, pouco antes, havia noticiado que a promessa da AstraZeneca de fornecer doses a preço de custo, em contrato com o governo brasileiro, vai só até 1º de julho. "Mesmo previsões otimistas projetam que uma vacina não estará amplamente disponível antes de meados do ano", anotou o jornal.

CHINA & EUROPA

A China se juntou à Covax, iniciativa global para fornecer vacinas para países pobres, que tem a União Europeia entre os "apoiadores principais" e foi "rejeitada" pelos EUA, segundo o Wall Street Journal.

"Dou boas-vindas à China", saudou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. "Estamos todos juntos nisso. O multilateralismo é chave."

SUPERTRUMP

Com a capa acima, a Time destacou que o vírus fez Trump "encarar sua vulnerabilidade".

Mas o New York Times informou que ele discutiu até usar camiseta de Super-Homem por baixo, que revelaria diante das câmeras —antes de acabar optando pelo gesto de tirar a máscara.

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