Enquanto Mark Zuckerberg empunhava a bandeira dos Estados Unidos no Instagram, uma de suas plataformas de alcance global, a cobertura americana do 4 de Julho de Joe Biden se enredava na ameaça crescente da variante Delta, que devastou a Índia.
No enunciado do New York Times, “Biden comemora ‘independência do vírus’ apesar de não atingir meta de vacinação”. Na CNN, a manchete online ao longo do dia foi “Celebrações do 4 de Julho de Biden são obscurecidas pela preocupação corrosiva com a Delta”.
No principal programa dominical de entrevistas, Meet the Press, da rede NBC, o assessor da própria Casa Branca, Anthony Fauci, mudou de avaliação e voltou a defender o uso de máscara.
E na home page do Wall Street Journal, "no 4 de Julho de Biden, as taxas de vacinação caíram e a variante Delta, altamente transmissível, está se espalhando”. Logo abaixo, o salto no Estado de Missouri, “impulsionado pela Delta, é sinal de alerta para o que pode acontecer neste verão em outras áreas dos EUA”.
OFENSIVA E FUGA
No chinês Global Times, “Taleban toma distrito chave de Kandahar, seu antigo bastião” no Afeganistão. No russo Argumenty i Fakty, “Mais de 300 soldados afegãos são forçados a fugir para o Tadjiquistão” após o Taleban tomar cidades da fronteira.
E o Stars and Stripes, do Pentágono, noticia que “o governo Biden pediu para Cazaquistão, Uzbequistão e Tadjiquistão darem refúgio a nove mil afegãos que trabalharam para as forças americanas” nas duas décadas de ocupação do Afeganistão.
O Washington Post criticou Biden em editorial, enquanto o japonês Nikkei e outros temem a repetição do “horror” que atingiu os aliados locais deixados pelos EUA no Sudeste Asiático, nos anos 1970.
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