Diante dos vídeos mostrando a morte de um homem negro por policiais, em Sergipe, cresceu no noticiário externo a atenção com a disparada nas operações policiais letais no Brasil.
No Washington Post, "Polícia mata homem com gás no porta-malas de carro, parece mostrar vídeo". Anota que "um dia antes pelo menos 21 pessoas morreram durante operação policial no Rio".
No inglês The Guardian, "Indignação no Brasil com morte de doente mental negro em 'câmara de gás' de carro de polícia". Logo abaixo, "vídeo mostra policiais forçando-o a entrar em veículo e liberando granada de gás".
No espanhol El País, "Homem morre numa viatura no Brasil onde policiais o prenderam com gás lacrimogêneo".
Na agência France Presse, "Brasil: Homem morre asfixiado com gás no porta-malas de carro da polícia". Na argentina Télam, "Brasil: policiais matam paciente psiquiátrico colocando-o num porta-malas com gás".
Segundo o Guardian, "a morte horrível produziu choque no Brasil, onde a violência policial letal é comum e afeta desproporcionalmente a população negra". Destaca que acontece dois anos após a morte de George Floyd nos EUA.
O El País informa que "o presidente Jair Bolsonaro, que parabenizou os policiais que participaram da operação sangrenta na favela carioca, preferiu não comentar este último caso, registrado com um celular".
Até então, a cobertura da violência policial recente vinha sendo eventual, em veículos como o francês Libération ou a rede alemã ARD.
NOS EUA, PAIS CONTRA POLICIAIS
Dois dias após a mortandade no Texas, a imprensa americana foi forçada a mudar o foco das armas, de viés eleitoral, para a polícia. Começou já na quarta, quando a Associated Press despachou que as pessoas diante da escola "instaram a polícia a invadir" para conter o atirador, sem sucesso.
Viralizaram então vídeos de pais em desespero, apelando aos policiais e ameaçados por eles, quando tentavam entrar por contra própria.
O New York Times optou por ressaltar a defesa dos policiais, com a manchete "Polícia defende resposta ao tiroteio no Texas, enquanto pais a criticam". E manteve em destaque as críticas ao Partido Republicano, por apoiar armas.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.