Na inglesa The Economist, "um agente penitenciário gritando declarações pró-Bolsonaro atirou e matou um ativista do Partido dos Trabalhadores". Na americana Bloomberg, "acontecimentos isolados como o assassinato de um ativista pró-Lula por um apoiador de Bolsonaro são motivo para alarme".
Mas ambas se concentram no quadro mais amplo. No título da revista (abaixo), "Jair Bolsonaro pode tentar roubar a eleição do Brasil?". No subtítulo, "Antes da votação, presidente coloca em dúvida todo o processo".
No enunciado da Bloomberg, também sobre a Justiça Eleitoral, "Missão militar ameaça democracia do Brasil". O texto foi reproduzido pelo Washington Post.
A caminho de perder a eleição "se jogar seguindo as regras, o presidente tenta reescrevê-las", diz a Economist. "Seus aliados no Congresso aprovaram uma emenda constitucional que permite ao governo exceder os limites de gastos num ano eleitoral."
Pior: "Ele pode tentar um golpe. Nos Estados Unidos, ninguém pensou que o Exército iria apoiar a tentativa de golpe de Donald Trump. No Brasil, algumas pessoas não têm certeza do que os altos escalões militares poderiam fazer".
Tanto a revista como a Bloomberg lamentam que o país tenha varrido seu "passado ditatorial", militar, para "debaixo do tapete". E criticam o Tribunal Superior Eleitoral por ter convidado as Forças Armadas a opinar sobre o processo de votação.
TORNEIRAS DE DINHEIRO
A emenda "kamikaze" também chamou a atenção da Associated Press ao Financial Times. Na agência americana, "Com eleições à vista, Brasil aumenta limite de gastos".
No jornal financeiro, "Brasil vai abrir torneiras de gastos na reta final da eleição presidencial" e o "pagamento extra de bilhões pode aumentar as chances de reeleição de Bolsonaro".
'É POR AÍ'
O anúncio de Bolsonaro em entrevista à CNN Brasil, "Vou dar a Zelenski a solução para a guerra", ecoou da agência Reuters ao financeiro russo RBC, com chamadas que mal escondiam a ironia, como "Bolsonaro: Eu sei como a guerra pode ser resolvida" e "Brasileiro oferecerá a Zelenski como alcançar a paz".
Os relatos reproduzem que ele não iria "adiantar" a solução, mas citou a Guerra das Malvinas. "É por aí."
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