Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu toda mídia

Após ataque 'ao estilo 6 de Janeiro', PF reage como FBI

No exterior, ação 'feroz' veio em seguida ao apelo de Bolsonaro 'à multidão para tomar a questão em suas próprias mãos'

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Em portais chineses como Sohu e outros, o ataque de segunda-feira à Polícia Federal foi noticiado salientando a ação "feroz" dos manifestantes, em "turbulência de golpe", mais a pergunta: "Jair Bolsonaro quer voltar?".

No relato: "Depois que Bolsonaro disse que sua alma estava ferida, seus apoiadores atacaram a sede da polícia na capital brasileira. Ônibus e carros foram incendiados por radicais furiosos. A cena era caótica".

O texto relaciona o episódio à invasão do Capitólio em Washington, em 6 de janeiro de 2021. A comparação foi destacada também pelo inglês The Guardian, apontando a violência "ao estilo 6 de Janeiro":

Reprodução/The Guardian

No Washington Post, "Apoiadores de Bolsonaro atacam quartel-general da polícia no Brasil". Três dias antes, acrescentou no texto, "em sua primeira declaração pública em 40 dias, Bolsonaro apelou à multidão para tomar a questão em suas próprias mãos".

Mais um dia e a alemã Der Spiegel, entre outros, noticiou que "Lula acusa Bolsonaro de incitar manifestantes fascistas" —em meio à cobertura da "conspiração" neonazista que a própria Alemanha descobriu e está procurando sufocar.

Na quinta-feira, por fim, a Bloomberg noticiou que a "Polícia busca manifestantes", em Brasília e sete estados, por atos antidemocráticos anteriores. No mesmo texto, a informação de que a Justiça Eleitoral "está investigando Bolsonaro e alguns aliados por lançar dúvidas sobre o resultado da eleição".

Na também americana Associated Press, "as dezenas de mandados" acontecem diante da "preocupação de que Bolsonaro esteja preparando o terreno para uma insurreição nos moldes do Capitólio".

ESPERANÇA

No Financial Times, ouvindo analistas como Robin Brooks, "a queda da inflação e os aumentos menores dos juros nos Estados Unidos e em outras economias avançadas dão esperança de uma recuperação para os emergentes".

Brooks, "o careca" influenciador do mercado financeiro brasileiro, compartilhou por mídia social uma avaliação de seu vice na chefia econômica do Institute of International Finance, Sergi Lanau:

"Isoladamente, o pacote de gastos do Brasil não é imprudente. Aumento de 0,3% nas despesas primárias em relação a 2022; ainda gastando um pouco menos que em 2019. O problema é a posição fiscal geral aliada à incerteza política."

Reprodução/Bloomberg

EQUILIBRANDO

Na Bloomberg, Fernando Haddad "promete equilibrar orçamento com responsabilidade social". Na Reuters, agência com cobertura também mais econômica, o próximo ministro da Fazenda diz que "expansão fiscal não ajuda economia neste momento".

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