Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu China toda mídia

Retomada da China 'choca'; EUA agora falam em 'sanções'

Expansão industrial pós-Covid Zero deixou até 'líderes chineses surpresos', diz Bloomberg, enquanto Washington 'busca apoio de aliados para possíveis sanções à China', diz Reuters

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Caixin, South China Morning Post, China Daily e outros chineses foram contidos ao noticiarem os dados apontando que a indústria do país "continua a melhorar" e "retorna ao crescimento".

Já nos ocidentais Bloomberg e Financial Times foi manchete, "Atividade industrial chinesa se expande no ritmo mais rápido em mais de uma década", em "forte recuperação" que teria deixado os próprios "líderes chineses surpresos".

No Wall Street Journal, com menos destaque, "China is back", listando gigantes como AB InBev "excitadas" com o mercado chinês pós-pandemia, "de McDonald's e Starbucks a Ralph Lauren".

A Reuters foi além, com o despacho "Atividade industrial da China choca", dizendo que "esmagou expectativas" do mercado com "grande surpresa" —a qual, segundo analistas que a agência ouviu, pode elevar as projeções de crescimento para o país no ano.

Mais concretamente, avisa a Bloomberg, o salto na produção industrial pode até reduzir o estímulo pós-pandemia que se espera de Pequim, a ser divulgado nas plenárias do Congresso Nacional do Povo que começam no domingo.

Charge do Global Times, do PC chinês, questionando os 'riscos de segurança nacional' levantados por Washington contra Pequim
Charge do Global Times, do PC Chinês, questionando os 'riscos de segurança nacional' levantados por Washington contra Pequim - Reprodução

MAIS SANÇÕES

Por outro lado, a mesma Reuters ressalta em reportagem paralela que, enquanto as "fábricas da China se impulsionam à frente, Estados Unidos e Europa enfrentam inflação teimosa" e contração industrial, problemas que avançam por aliados americanos na Ásia.

Também na agência, "Exclusivo: EUA buscam apoio de aliados para possíveis sanções à China", após semanas de escalada contra Pequim, inclusive entrevistas de televisão, com acusações de toda ordem —como retratado pelo Global Times, acima.

A pressão sobre aliados, por ações contra Pequim, chegou também à política industrial de Joe Biden, com FT e outros publicando que a taiwanesa TSMC e a sul-coreana Samsung, em troca de incentivo, teriam de ficar dez anos sem expandir na China.

Reprodução/CCTV

PCC & PT

A home do Renmin Ribao (Diário do Povo) e o telejornal noturno da CCTV (acima), a maior rede chinesa, cobriram o encontro do diretor da Comissão de Relações Internacionais e membro do comitê executivo do PC, Wang Yi, com o secretário de relações internacionais e membro da executiva do PT, Romênio Pereira.

Wang disse que são dois países "com impacto global" e que a China vê as relações "de uma perspectiva estratégica".

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