Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Descrição de chapéu toda mídia

Brics tem 19 países na fila para entrar, diz Bloomberg

Emergentes buscam ampliar articulação nas frentes econômica e militar; Foreign Affairs tenta entender Sul Global

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Ecoada por Caixin e outros, a Bloomberg noticia que "Brics recebe propostas de adesão de 19 nações antes de cúpula" (reprodução abaixo) em agosto na África do Sul. Participarão os cinco líderes, inclusive Vladimir Putin, segundo o sul-africano IOL. Para tanto, o país deve deixar o TPI (Tribunal Penal Internacional).

Daqui a uma semana, em reunião preparatória para a cúpula, os chanceleres do bloco se encontram na Cidade do Cabo para acertar "a expansão do Brics e as modalidades de como isso irá acontecer", segundo o representante sul-africano.

Reprodução/Bloomberg

A lista dos possíveis 19, ainda não inteiramente revelada, vai da Indonésia ao Egito e à Argentina, com ampla presença de membros da Opep, o cartel do petróleo: Arábia Saudita, Irã, Emirados Árabes, Bahrein, Argélia, talvez mais um ou dois.

Outro grupo que reúne grandes emergentes, a Organização para a Cooperação de Xangai (SCO), tem encontro de ministros da defesa nesta semana em Nova Déli. The Hindu e South China Morning Post ressaltam a reunião dos ministros indiano e chinês.

Conversas prévias "prometem acelerar a resolução [da disputa de fronteira] para permitir o avanço nas relações" bilaterais. Será a primeira visita à Índia do general Li Shangfu, que já esteve em Moscou, aliada militar histórica de Nova Déli —e também parte da SCO.

Ao fundo, no alto da Bloomberg, "BlackRock diz que emergentes estão com vantagem sobre o resto do mundo", na economia. A empresa de investimentos soltou nota "ainda mais otimista sobre os mercados emergentes, onde os banqueiros centrais estão agindo muito mais rápido" que no Ocidente para reverter os juros.

Reprodução

HIPÓCRITAS

Na capa da revista americana Foreign Affairs, "O mundo não alinhado", sobre "O Ocidente, o resto e a nova desordem global" (acima).

Diz que "era para ser o 'mundo livre' unido" contra a Rússia e foi, com EUA e seus aliados. "Mas noutros lugares é outra história. Deixa claro como o resto do mundo vê de forma diferente não só a guerra, mas o horizonte global mais amplo."

O ensaio inicial é de Matias Spektor, da FGV, abordando "por que países do Sul Global se recusam a tomar partido na guerra, da Índia à Indonésia, do Brasil à Turquia, da Nigéria à África do Sul".

Entre outras motivações, "a estratégia é informada pela história desses países com as grandes potências e sua convicção de que os EUA têm sido hipócritas na relação com o mundo em desenvolvimento".

DA UCRÂNIA PARA TAIWAN

Por Politico e The New York Times, autoridades anônimas em Washington alertam que "uma contra-ofensiva fracassada pode levar à redução do apoio ocidental na Ucrânia". Que "grandes ganhos não estão garantidos nem são necessariamente prováveis". Que, "a portas fechadas, o governo Biden se preocupa".

Coube a Richard Haass, presidente da organização americana Council on Foreign Relations, expressar claramente:

"Se a Ucrânia não conseguir ganho dramático, inevitavelmente surge a questão se é hora de negociar uma parada nos combates. Está caro, estamos ficando sem munição, temos outras contingências ao redor do mundo para as quais nos preparar."

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