O jornalista chinês Hu Xijin, ex-editor-chefe e agora colunista do Global Times ou Huanqiu, tabloide nacionalista do PC, não é mais tratado como "mídia afiliada ao Estado" pelo Twitter. As contas do jornal e da rede chinesa CCTV também deixaram de carregar o rótulo.
Depois de semanas sob pressão da mídia anglo-americana para não marcar veículos ocidentais como BBC e VOA, a plataforma de Elon Musk desapareceu nesta sexta-feira com todas as etiquetas de jornalismo, tanto para empresas como para profissionais.
Elas haviam sido introduzidas na gestão anterior do Twitter para marcar a RT, emissora russa voltada ao exterior, em inglês e outras línguas. As designações eram usadas pelo algoritmo para limitar o compartilhamento das contas e seus tuítes.
A mudança veio horas depois de serem retirados, com repercussão maior, os selos azuis de verificação sem pagamento —inclusive de mídia, mas sobretudo celebridades, que têm na rede social americana uma de suas ferramentas de divulgação.
Hu Xijin perdeu ambos e diz estar em dúvida entre comemorar ou lamentar. Ele também voltou a ser entrevistado pelo New York Times, que ressalta que Hu tem "quase 25 milhões de seguidores no Weibo, o equivalente chinês ao Twitter".
FACEBOOK VETA E VOLTA ATRÁS
Na quinta, o Facebook de Mark Zuckerberg vetou o compartilhamento da reportagem de Seymour Hersh que apontou EUA e Noruega como responsáveis pela explosão do gasoduto Nord Stream. Marcou como "informação falsa", citando um "fact checker" norueguês.
A rede americana voltou atrás no dia seguinte após "críticas pesadas", noticia a RT, e agora permite o compartilhamento acompanhado da descrição de ser "parcialmente falsa" —segundo o checador Faktisk, que seria "financiado pelo Facebook e pelo governo norueguês".
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