Dias atrás, o economista-chefe do Banco da Inglaterra, o banco central, falou num podcast que "alguém precisa aceitar que está em situação pior". Que os britânicos precisam "parar de tentar manter seu poder de compra por meio de salários mais altos, elevando os preços", a inflação.
Ecoou mal, com The Times e outros, até mesmo na Índia, destacando que para ele "os britânicos devem aceitar que são mais pobres". Sua insensibilidade traz, segundo o tabloide Daily Mirror, "fúria num momento em que as famílias enfrentam preços crescentes dos alimentos e contas de energia altíssimas".
E agora a BBC mostra "O que o NHS", seu serviço nacional de saúde, "está aprendendo com o Brasil" (acima), a partir da pergunta "Uma abordagem de saúde que foi bem-sucedida em partes mais pobres do Brasil vai funcionar no Reino Unido?". Refere-se à visita domiciliar.
Acompanha duas enfermeiras, das quatro "batedoras de porta" de uma experiência piloto num conjunto habitacional com 32 prédios, em Londres. Elas vão "de casa em casa e não se intimidam por ter, às vezes, uma ou outra porta batida na cara", descreve a reportagem.
A ideia de "importar o modelo" foi de Matthew Harris, especialista em saúde pública do Imperial College, que trabalhou como clínico geral no Brasil por quatro anos e diz que os agentes comunitários receberam crédito por uma queda de 34% nas mortes cardiovasculares.
"No Brasil, eles elevaram esse papel a tal ponto que têm 270 mil agentes em todo o país, cada um cuidando de 150 domicílios, uma vez por mês. Eles viram resultados extraordinários nas últimas duas ou três décadas. Nós temos muito a aprender com isso."
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