No Financial Times, "após anos de isolamento", Nicolás Maduro "desfrutou os holofotes diplomáticos na cúpula" de Lula. Citando o colombiano Gustavo Petro e o argentino Alberto Fernández, destaca que "o abraço de líderes ao presidente autoritário reduz a capacidade do Ocidente de pressionar por eleições justas".
Anota que "um diplomata brasileiro disse que Lula levantou em privado a questão das eleições" e o venezuelano "deu a entender que pode antecipar a votação", mas o jornal avalia que seria para aproveitar a "oposição desorganizada".
No Washington Post, o colunista Fareed Zakaria, sublinhando que "Lula criticou Washington por impor sanções ao regime de Maduro" e citando a retórica anti-americana do turco Recep Erdogan ao sul-africano Cyril Ramaphosa, levou ao título que "EUA não podem mais presumir que o resto do mundo está do seu lado".
Nos dias seguintes, Maduro foi à posse e posou ao lado de Erdogan, como mostrou o turco Hürriyet, e nesta segunda (5) desembarcou na Arábia Saudita, chamada principal do Al Riyadh.
Foi recebido com sorrisos e beijos por Mohammad bin Salman ou MBS (tuíte acima), líder que busca reerguer o preço mundial do petróleo —segundo manchete na Bloomberg, já com sucesso. Ele controla a segunda maior reserva do mundo. A primeira é a venezuelana.
O WaPo noticia que o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, também viaja à Arábia Saudita, nesta terça, "em meio aos movimentos do reino no cenário mundial para afirmar sua influência", caso da recepção a Maduro, "adversário dos EUA".
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