Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu toda mídia

Argentino promete acabar com o Mercosul e ecoa Bolsonaro sobre 'fraude'

Em entrevistas para Bloomberg e La Nación, candidato Javier Milei também falou que só sairia 'morto' da Casa Rosada

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Na Bloomberg TV, o presidenciável Javier Milei disse que vai tirar a Argentina do Mercosul, se eleito. "É preciso eliminar o Mercosul, porque prejudica os argentinos de bem", disse. "Gera renda para amigos do poder. Os beneficiados são os políticos ladrões."

Foi em resposta a uma pergunta sobre Lula e o Brasil, não sobre Mercosul. Outra questão abordou suas relações com o brasileiro, com o mexicano López Obrador, com o colombiano Gustavo Petro e com o chileno Gabriel Boric. "Eu não tenho parceiros socialistas", disse, acrescentando que sua relação com Jair Bolsonaro é "excelente".

Escrevendo no argentino Perfil, a correspondente Eleonora Gosman relatou que, "no entorno lulista, temem por uma grande crise social a partir de dezembro e pelo futuro do Mercosul". E pela dolarização, salientou o Clarín.

Javier Milei, ao vivo, chama seu estrategista para explicar a 'fraude' na apuração argentina
Javier Milei, ao vivo, chama seu estrategista para explicar a 'fraude' na apuração argentina - Reprodução/La Nación

Milei falou também ao jornal La Nación (acima), ecoando Bolsonaro ao denunciar fraude na apuração da eleições primárias. Questionado sobre evidências, chegou a chamar Fernando —que seria seu assessor Fernando Cerimedo, o mesmo de denúncia igual sobre a eleição brasileira no ano passado.

Também ecoou Bolsonaro ao falar, sobre eventuais protestos quando for presidente: "Vão ter que me tirar morto da [Casa] Rosada".

COMUNISTA, NÃO

Sobre um dos maiores parceiros da Argentina, a China, Milei contestou o repórter da Bloomberg: "Você faria negócios com um assassino?".

Mais à frente esclareceu, sobre as relações comerciais, que elas serão decididas pelo "setor privado", acrescentando: "Não tenho que me envolver, mas não promoverei laços com quem não respeita a liberdade. Não fazemos acordo com comunistas".

LULA DANÇA

O presidente brasileiro é criticado também por forças menos extremistas na América Latina, caso do uruguaio El País, que publicou editorial (abaixo) contra sua proximidade com Cuba e outros. "Parece realmente insólito que uma figura como Lula ignore por que é vergonhoso estar ligado a ideologias comunistas", destacou.

Andrés Velasco, ex-candidato a presidente e ex-ministro chileno, escreveu artigo na mesma linha, distribuído para jornais latino-americanos, sob o título "Lula dança com ditadores".

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