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Marcelo Duarte é escritor, jornalista e, acima de tudo, curioso

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Curioso evocou a Loira do Banheiro

Há várias maneiras de chamá-la; no post vai o tutorial de uma delas

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As lendas urbanas são histórias que misturam o real com o imaginário. Na maioria das vezes, elas trazem elementos do cotidiano das cidades —como o fato de ser perigoso sair de casa à noite— misturados com algum elemento fantástico.

Para que a história "pegue", é preciso que ela tenha elementos surpreendentes ou bizarros. As lendas urbanas podem até parecer reais, mas são difíceis de serem comprovadas. Foi justamente por isso que ganharam esse nome.

Esta simpática Loira do Banheiro fazia parte de uma das experiências de uma exposição de 2017 em um shopping de São Paulo
Esta simpática Loira do Banheiro fazia parte de uma das experiências de uma exposição de 2017 em um shopping de São Paulo - Gladstone Campos/Divulgação

Qual é a nossa mais famosa lenda urbana?
Olha, eu voto na história da Loira do Banheiro. A começar pelo tanto de versões sobre a sua origem. Uma delas diz que uma garota de 15 anos vivia matando aulas. Certo dia, quando estava escondida num dos banheiros da escola, ela teria escorregado no piso molhado, batido a cabeça e morrido. A partir daí, ela começou a assombrar escolas, toda vestida de branco, com dois chumaços de algodão no nariz. Dizem que, ao aparecer, a menina conta um segredo a quem lhe chamou. Acontece que, se passar esse segredo a alguém, a pessoa morrerá no dia de seu aniversário. No Nordeste, a Loira do Banheiro é conhecida como Maria Algodão (faz sentido!).

Então a Loira do Banheiro é uma história baseada numa pessoa de verdade?
Difícil responder. Existe até uma versão em que essa mulher tem um nome. A Loira do Banheiro se chamaria Maria Augusta de Oliveira Borges, nascida em Guaratinguetá, no interior de São Paulo. Em 1880, o Visconde de Guaratinguetá forçou a filha, então com 14 anos, a se casar. O noivo, Conselheiro Dutra Rodrigues, era 21 anos mais velho. Quatro anos depois, Maria Augusta vendeu algumas de suas joias e fugiu para Paris. Morreu aos 26 anos. Quando chegou ao Brasil, o caixão dela acabou arrombado por ladrões. Em Guaratinguetá, seu corpo foi enterrado na mansão da família. Em 1902, o casarão virou uma escola. Um incêndio tomou conta da escola em 1916. Conta-se que, durante o fogo, dava para ouvir o som de um piano, instrumento que Maria Augusta tocava. Todos os elementos de uma boa lenda urbana, não é?
O que é que se faz para chamar a Loira do Banheiro?
Tem certeza que você quer saber? Bem, nós nos eximimos de qualquer responsabilidade. Vamos lá! Há várias maneiras de fazer isso. Aqui vai um tutorial de uma delas: mate uma aula e se esconda no banheiro da escola. Entre no último reservado e bata a porta três vezes. Aperte a descarga também três vezes, dizendo: "Loira do Banheiro, apareça!". Aí, abra a torneira três vezes (ela não faz nada de primeira, é tudo três vezes!). Fique olhando para o espelho e ela aparecerá. Nós não aconselhamos a fazer nada disso, é por sua conta e risco...

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