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Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant

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Primeira-dama Bia Doria diz que não é correto dar comida ou roupa para moradores de rua

Mulher do governador também é presidente do Fundo Social, destinado a ajudar população vulnerável

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Presidente do Fundo Social de São Paulo, a primeira-dama Bia Doria recebeu Val Marchiori no Palácio dos Bandeirantes para uma entrevista publicada nas redes sociais da socialite nesta quinta-feira (2).

Na conversa, a mulher do governador João Doria (PSDB) diz que não se deve dar marmita para os moradores de rua porque eles precisam saber que têm que sair da rua, um local que hoje, segundo ela, é confortável para eles.

"Falando dos projetos sociais, algo muito importante. As pessoas que estão na rua... Não é correto você chegar lá na rua e dar marmita, porque a pessoa tem que se conscientizar de que ela tem que sair da rua. A rua hoje é um atrativo, a pessoa gosta de ficar na rua", diz Bia Doria.

Em nota à coluna, a primeira-dama diz que suas falas foram tiradas de contexto (veja abaixo).

"Você estava me explicando e eu fiquei passada", responde Val na entrevista. "Eles não querem sair da rua porque no abrigo eles têm horário para entrar, têm responsabilidades, limpeza, e eles não querem, né, Bia?", pergunta.

"Não querem. A pessoa quer receber comida, roupa, uma ajuda, e não quer nenhuma responsabilidade. Isso está muito errado. Se a gente quer viver em um país...", diz Bia Doria, que é interrompida por Val, que diz "todo mundo tem suas responsabilidades". A socialite tornou-se conhecida a partir de sua participação no reality show Mulheres Ricas, na Band.

Bia responde "nós temos. Se a gente não pagar nossas contas...", ao que Val replica "a gente vai para o cartório, querida, hello. E o povo fala".

"O povo fala e nós namora [sic]", responde Bia Doria, rindo, citando refrão de música sertaneja.

Primeira-dama Bia Doria e governador João Doria durante evento em março
Primeira-dama Bia Doria e governador João Doria durante evento em março - Mathilde Missioneiro/Folhapress

Sentadas lado a lado, elas usam máscaras durante parte da conversa, mas depois tiram. No início do encontro, brincam ao dizer que não as usar é passível de multa em São Paulo.

Presidido por Bia Doria, o Fundo Social de São Paulo foi criado em 1968 e tem como objetivo instituir programas sociais destinados a atender pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Em nota, Bia afirma que "errou ao tirar a máscara para a entrevista, mesmo estando em uma ala residencial e privada."

Em relação aos comentários sobre pessoas em situação de rua, ela diz que "sua fala foi tirada de contexto", e afirma que sua intenção "é que as pessoas em situação de rua tenham acesso aos abrigos públicos, onde terão alimentação de qualidade dentro das normas de higiene da Vigilância Sanitária, e uma condição de vida mais digna. Ou mesmo nos restaurantes Bom Prato, que recentemente decretaram gratuidade aos moradores de rua."

Por fim, ela acrescenta que desenvolve "uma série de ações em benefício dos mais necessitados" à frente do Fundo Social, "participando ativamente na execução das ações em campo, como a campanha Inverno Solidário, que já distribuiu milhares de cobertores, e a distribuição de cestas básicas em comunidades carentes."

Com Mariana Carneiro e Guilherme Seto

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