Integrantes da ala mais radical da base de Jair Bolsonaro estão incomodados com a ofensiva que Arthur Lira (PP-AL), candidato do Palácio do Planalto para presidir a Câmara, tem feito sobre a esquerda atrás de votos.
Eles receberam informações de que Lira teria prometido ao PT reformar a Lei da Ficha, para possibilitar nova candidatura do ex-presidente Lula, e ressuscitar o imposto sindical. Aliados do deputado do PP e petistas negam qualquer acordo nesse sentido.
Os problemas judiciais que envolvem Lira dividem os bolsonaristas fiéis. Para parte desse grupo, há um contrassenso em defender a bandeira anticorrupção e respaldar a eleição do líder do centrão. Preferem um plano B, como Tereza Cristina (Agricultura), deputada licenciada.
Um dos que manifestaram preferência por Cristina foi o presidente do PTB, Roberto Jefferson, hoje um dos principais aliados do Palácio do Planalto, embora não descarte apoiar Lira.
Mas há aqueles que preferem dar um crédito de confiança ao candidato. “O Arthur foi absolvido [da acusação de rachadinha na Assembleia de Alagoas]. É verdade que ele ainda tem inquéritos, mas a gente sabe que muitos inquéritos são injustos”, diz Bibo Nunes (PSL-RS).
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